Luanda – A delinquência juvenil, em Angola, continua a provocar cada dia que passa mais vítimas mortais. Actualmente esta prática maléfica já superou todas as espectativas da inteligência dos órgãos que devem garantir a segurança de milhares de pacatos cidadãos que vivem nas periferias (tal como nos centros urbanizados). Na província da Lunda Sul, um jovem que em vida respondia pelo nome de Jacinto Matias (na foto), de 26 anos de idade, foi friamente morto “com caco de garrafa” por Cairo Afonso, um adolescente de 14 anos. 

Fonte: Club-k.net

A ocorrência registou-se no passado dia 23 de Outubro do ano em curso, quando a vítima – morador em vida no Bairro Luavuri, nos arredores da cidade de Saurimo – saia de sua casa para o centro da cidade. No meio da caminhada Jacinto Matias deparou-se com um grupo de adolescentes “a jogar uma bola de trapo”, que foi dar na sua roupa tento sujado as calças.

De acordo com a fonte do Club-K, o pequeno incidente originou “trocas de palavras” entre o malogrado e o grupo de adolescente. “Enquanto ele discutia com os outros o Cairo pegou numa garrafa, parte e lhe enfia entre a clavícula (que lhe cortou uma série de veias condutoras) e ficou estendido no chão a jorrar muito sangue”, contou.

Após a bárbara acção os circunjacentes de imediato socorreram a vítima. “Arranjaram um cupatata e levaram-no para o hospital provincial, já em estado critico”, explicou a fonte.

HOSPITAL PROVINCIAL RECUSOU PRESTAR SOCORRO À VÍTIMA 

Após uns quilómetros de andança até ao hospital provincial da Lunda-Sul, a equipa médica encontrada no local – segundo a nossa fonte – recusou redondamente prestar qualquer tipo de assistência a Jacinto Matias. “Os enfermeiros e médicos em serviço, não quiseram recebê-lo”, revelou, acrescentado que “ele ficou no chau a gritar, pedindo socorro, durante mais de duas horas e 45 minutos, quando faleceu”.

A fonte deste portal informativo acredita que se o gorado tivesse recebido os primeiros socorros “nada disso teria acontecido”, embora que perdera muito sangue até ao hospital. “Este não é o primeiro caso, cenas há em que os enfermeiros aconselham levar doentes para tratamento nos quimbandeiros. As vezes obrigam os familiares dos doentes para fazerem solturas de feridas dos seus entes queridos”, prosseguiu.

O PEQUENO “ASSASSINO” JÁ EM LIBERDADE

Club-K soube que após arrepiante acção, Cairo Afonso (o pequeno carniceiro) tivera sido detido na Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC) da Lunda Sul, de 23 à 30 do mês em referência. Mas antes da sua soltura, o caso foi levado para o Tribunal Provincial da Lunda Sul no dia 29 de Outubro, pelas 15 horas, numa audiência dirigida pela juíza Marineth.

No dia seguinte (isto é do dia 30) a juíza em questão ordenou a soltura do adolescente, por um lado, e por outro, exigiu que os pais do mesmo (Afonso Maquinixi e de Cazanguie Victoria) devem pagar a família enlutada uma indemnização no valor de cinco mil dólares norte-americanos (pagando 50 dólares mensalmente).

Entretanto, a família do malogrado Jacinto Matias contínua perplexa diante da decisão da juíza Marineth. “Eles nem conseguem reagir o facto por desconhecer os seus direitos. A sessão do tribunal decorreu sem os advogados de ambas partes”, disse, rematando que “aquilo foi um julgamento somatório”.

O facto curioso é que nem o hospital onde foi transportado a vítima foi culpabilizado (os técnicos de saúde em serviço) e a polícia diz que cumpriu com o seu trabalho”, balbuciou irritadamente a fonte, embora todos os esforço feito a fim de contactar a Associação Mãos Livres tivera sido em vão.