Conacry - O embaixador plenipotenciário de Angola na Guiné, Eduardo Ruas de Jesus Manuel, afirmou que com o alcance da paz em Angola, em 2002, o Governo angolano deu passos robustos e seguros rumo à consolidação da estabilidade política e desenvolvimento socio-político do país.

Fonte: Angop
 
Manuel Ruas, que falava segunda-feira na cerimónia da festa da independência de Angola em Conakry, destacou que o executivo trabalha para o reforço da democracia, da reconciliação e coesão nacional, ao mesmo tempo que avança com êxitos significativos para a estabilização macro-económica e o estabelecimento das bases para um crescimento e desenvolvimento do país.
 
Manuel Ruas lembrou, a tÍtulo de exemplo que, de 2002 a 2008, Angola esteve entre os paÍses que mais cresceu a nível mundial, ao atingir uma taxa de crescimento que alcançou os 17 porcento ao ano.
 
Explicou que não obstante à crise financeira que fustigou o mundo inteiro, reduzindo quase a metade o crescimento económico de Angola que atingiu 8.9 porcento, nos anos subsequentes, o país alcançou avanços significativos nos domínios da construção, reabilitação e modernização das infra-estruturas produtivas e sociais.
 
 
O diplomata angolano aclarou que o clima de paz que o país vive permitiu ao governo a construção de milhares de escolas, hospitais, postos e centros de saúde, portos, aeroportos, caminhos-de-ferro e mais de seis mil 500 quilómetros de estrada.
 
 
“O crescimento económico ligado às políticas sociais que o governo leva a cabo conduziram a uma redução drástica dos índices de pobreza em Angola” - afirmou o diplomata angolano, acrescentando que a diminuição da pobreza e a eliminação da fome se encontram entre as principais metas a atingir nos próximos cinco anos.
 
 
Incluem-se entre prioridades, refere o embaixador, a diminuição das desigualdades entre as pessoas e as regiões, a melhoria de vida de todos angolanos com a criação de mais postos de emprego e o aumento substancial dos salários, atribuindo aos cidadãos maior poder de consumo e acesso aos serviços, com especial destaque para a saúde e educação.
 
 
No sector político, de acordo com o embaixador, estão previstas melhorias na governação, o reforço da democracia e a capacidade institucional do país.
 
 
Estão igualmente agendadas para os próximos cinco anos o crescimento de forma sustentada da economia do país, melhorias na distribuição dos rendimentos nacionais e a diversificação das actividades produtivas com vista a diminuir a dependência da economia angolana do sector petrolífero.
 
 
Em relação à política externa de Angola, Manuel Ruas explicou ser pretensão do governo angolano fazer de Angola um país cada vez mais fraterno e solidário com os seus vizinhos e com África em geral.
 
 
Participaram na cerimónia membros do governo guineense, representantes do corpo diplomático, da sociedade civil, organizações internacionais, homens de negócios e integrantes da comunidade angolana residente na Guiné.
 

A cerimónia oficial do 11 de Novembro na Guiné, a primeira desde que foi aberta a Embaixada angolana, há um ano, foi antecedida da festa com a comunidade angolana residente na Guiné, realizada no sábado na residência oficial do embaixador de Angola acreditado neste país.
 
Por sua vez, a ministra delegada dos Negócios Estrangeiros para as Comunidades Guineenses no Estrangeiro, Kaba Rougui Barry, que representou o Governo do seu país no acto, assegurou que a despeito dos constrangimentos geográficos, Angola e a Guiné partilham os mesmos valores, consubstanciados na procura de soluções viáveis para a melhoria das condições de vida das suas populações.
 
 
“Os Presidentes José Eduardo dos Santos e o professor Alpha Condé partilham os mesmos objectivos e convicções no que toca a afirmação e unidade da personalidade africana, num contesto de paz e estabilidade” - afirmou a responsável guineense.