Benguela  - As intervenções públicas das administradoras municipais da Catumbela e da Baia-Farta sobre os efeitos das chuvas nas suas localidades, estão a merecer por parte da opinião pública diversas reacções e está a ser considerado como falta de responsabilidade sem tamanho.

Fonte: Club-k.net


Filomena pascoal e Maria João, respectivamente administradora da Catumbela e da Baia-Farta quando faziam o ponto de situação sobre as consequências das chuvas que caíram nesta  madrugada de terça feira, numa rádio de Benguela, afirmaram que nas suas localidades não tinha ocorrido nada de grave, a não ser estradas alagadas e algumas residências que viram as suas chapas levantadas por força dos ventos.


Nestes termos, as “autarcas” pretendiam levar ao conhecimento do público que não tendo registado mortes como aconteceu num dos bairros da cidade de Benguela, tudo estava bem e que de resto era perfeitamente normal, ou seja só a perda de vidas humanas é que confere importância na vida governativa daquelas responsáveis.


No seio da opinião publica, já se questiona o grau de irresponsabilidade das intervenções públicas das governantes, que manifestaram assim o seu desconhecimento sobre o real sofrimento dos cidadãos que mesmo não tendo as suas residências destruídas, vivem até agora debaixo de péssimas condições de higiene devido a excessiva humidade e águas próximas com cheiro nauseabundo.


“Elas que até cresceram em bairros pobres, deviam saber o que é viver em numa casa com paredes húmidas e chão molhado” desabafaram cidadãos que acompanharam as “bocas” das administradoras municipais da Catumbela e da Baía Farta.


Quem visitou os bairros da Baía Farta e da Catumbela e viu o estado desolador das famílias com casas inundadas e sem coberturas, chega facialmente a conclusão que aquelas governantes, não tem sentido de responsabilidade, ao afirmaram que “não houve casos graves”.


Moita corta energia eléctrica


Na senda da mesma matéria, o director da energia e águas Vítor Moita veio a público afirmar que orientou o corte do fornecimento de energia eléctrica a cidade para evitar acidentes com os cabos eléctricos que se encontravam no chão face a queda dos postes de energia eléctrica.


A medida vista com alguma prudência, justificava-se se o corte fosse por algumas horas. Ou seja expertes na matéria afirmaram ao Clube K que se a ENE fosse uma empresa organizada, tinham sido identificadas as zonas de risco e estas isoladas do sistema até a sua reparação e não toda a cidade como acontece até ao momento (noite de terça feira).


As declarações de Vítor Moita, voltaram a questionar uma vez mais os perigos que as suas comunicações em áreas sensíveis e técnicas estão a causar na imagem pública sobre a real situação da energia eléctrica a Benguela, enquanto os técnicos da ENE que deveria falar com maior propriedade para o público consumidor mantêm-se calados.


Sem pormenorizar VM não disse aos consumidores quando é que o sistema de energia eléctrica voltará ao normal.


Num país em que os angolanos são obrigados a comprar quase tudo a grosso sobretudo perecíveis para conservar em arcas frigoríficas, varias são as famílias que neste momento estão a deitar tudo ao lixo por não resistirem ao grande período sem energia eléctrica para além de outros sacrifícios vividos por falta do precioso produto.