DECLARAÇÃO  POLITICA DA FLEC TRES MESES DEPOIS DAS ELEIÇOES ANGOLANAS

Paris  - Três meses depois das eleições angolanas , da nomeaçào do governo , do Parlamento e outras instituições da república, a direcçào política da FLEC constata  que o governo angolano continua em não mostrar sinais de boa  vontade  de abrir um verdadeiro processo de diálogo para a paz em Cabinda.


Fonte: FLEC

Todos os sinais que se observam no tereno pela parte  do governo e do chefe de Estado  Angolano são bastante em favor de uma solução militar para o extermínio de todos aqueles que pensam de forma diferente e a humilhação daqueles que aceitam compromissos com base em intimidação e submissão em recompensa de escassos empregos  e nomeaçoes a cargos administrativos na administraçào  Angolana.


Continuamos de informar  à comunidade internacional que a situação política em Cabinda está se tornando mais crítica e exige que todos os filhos e filhas de Cabinda possam assumir as  suas responsabilidades com pleno conhecimento e compreensão de uma vez por tudo, de que  as boas intenções do governo angolano do MPLA e do seu presidente de Construir Cabinda, de conceder lhe  os 10% das receitas do petróleo, de construir mais uma vez um porto em águas profundas etc  sao promesas de sempre que nao serao concretizados  simplesmente por que  não se pode construir / desenvolver um país ou  um território  pisando a justiça social e os direitos humanos.


Sim, a política não é estática, mas é e deve ser dinâmica
Sim, para a capitalização e enriquecimento da  classe empresarial  Cabinda.


Não somos tambem contra o Plano nacional  de Desenvolvimento de Angola  no que dis respeito a  Cabinda (2012-2017) e todas as outras receitas cozinhadas  por  algums circulos intelectuais Cabindas do interior  como solução para paz , mas colocamos-aqui as nossas duvidas....


Em que espaço e ambiente político seráo implementados  todas as medidas econômicas prometido pelo MPLA e que começam a agitar alguns círculos Cabindas?
Num territorio  onde as mulheres são proibidas de ir nos campos sem aviso da FAA?

Num  território onde os camponeses   estão proibidos de caça e pesca?      

Num territorio  altamente  militarizada,onde vigora  uma caça ao homem intensa  contra os refugiados e responsaveis Cabindas ?

Não  compatriotas e irmãos! vamos tratar das coisas  sérias  e de forma realista, o problema não é  o Nzita Henriques Tiago, o problema é José Eduardo dos Santos e o MPLA
Nzita Tiago faz   parte da solução, mas a vontade politica para encontrarmos juntos a sua aplicação deve se buscar do lado do governo angolano COM A CUMPLICIDADE DE PORTUGAL,que não mostram vontade de  engajar um diálogo serio para uma solução de paz definitiva.

A Radicalização política que o MPLA sempre  acusou a  FLEC FAC é simplesmente um julgamento simulado com a finalidade de evitar o dialogo e continuar  com o estatuto de neo colonialismo, da ocupaçào ilegal e integração   forçada de Cabinda a  Angola  pela força militar e pela violência.

A Radicalização para nos nao é outra coisa  senão a afirmação da nossa maturidade política na defesa das legítimas aspirações do povo de Cabinda, la radicalisation c'est la marche en avant de la revolution como falava o falecido presidente Marien Ngouabi, de modo que  além de tudo , continuamos resolutamente  de afirmar a nossa disponibildade  para o diálogo, onde a FLEC FAC  não ira sozinho  impor  os seus pontos de vista.

Ao  governo e  parlamento angolano, de por fim a politica de assassinatos de Cabindas principalmente nos Congo vai continuar de semear  o odio entre os nossos dois povos e fortalecer cada vez mais  o   sentimento  independêntista  enraizada na mente e no espirito de todos os cabindas .

Se o governo de Angola quer conceder unilateralmente uma autonomia financeira(?) para  Cabinda, entao há motivos para discutirmos   abertamente duma autonomia política  ,  e por que não dum outro estatuto? ( Federalismo , confederalismo ou independencia)

Se os angolanos e o MPLA tem medo de perder Cabinda e de  falar sobre a independência de Cabinda , que tenham a  coragem política de abrir um verdadeiro diálogo com Cabinda sem exceção, mas a realidade observado até hoje nos deixa  convencidos de que José Eduardo dos Santos e o MPLA nao são interessados de promover  e experimentar um projecto de autonomia politica  para  de Cabinda Angola dentro de uma Angola  unida e reconciliada  através de um acordo politico global.

A direcçao politica da FLEC lança um apelo  A CPLP , Uniao Africana, Uniao Europeia  de nao ocultar o caso  cabinda, e intervir junto do Presidente Denis Sassou Nguesso do Congo Brazzaville e Joseph Kabila da RDC  de por fim as  repetidas incursões das forças armadas angolanas nos seus respectivos territórios para localizar  e atacar os  refugiados  Cabindas, como aconteceu em Kondi Mbaka no dia  05 de setembro e  no 7 de novembro na localidade de Tshela RDC denunciado pela  rádio okapi das Nações Unidas na RDC e pela as ONG e a sociedade civil congolesa.


Em nehuma parte do mundo e noutros países africanos onde os  angolanos perderam o estatuto de refugiado ,  foram forçados a abandonar aqueles paises,  por que essa pressão assassina  sobre os refugiados Cabindas?


Esperamos que o governo angolano convida abertamente todas  as forças vivas de Cabinda para um dialogo franco e inclusivo, a FLEC estara presente , se as condições de segurança lhes foram garantidos.


NAO A DESINFORMAÇAO E CHANTAGEM POLITICA....O POVO QUER A PAZ E SUA PLENA EXISTENCIA 


Ao povo de Cabinda  da Diáspora, aos exilados e  refugiados de Cabinda onde quer que estejam,  as  Forças Armadas de Cabinda em particular, a direção politica da FLEC ESCLARECE QUE  que a verdade é unica e souberana , podem estar a vontade e saber que ninguém esta de castigo nem tao pouco esta sacrificado,  ninguem esta obrigado de viver em condiçoes que vivem, todos aqueles que pensam que a guerra acabo em Cabinda e que nada mais justifica o exilio, e que tudo esta  pronto para o regresso, de tomar  as suas decisões de rendiçao ao MPLA  ou de regresso a Cabinda, em plena consciência e liberdade.


Não sao reféms  de ninguém , nem da  FLEC FAC, nem de   algums  oportunistas politicos que tem feito  ou já fizeram do  seu sacrifício para a nação Cabindesa um fundo de comercio, para nos  a unica solução para o fim do conflito , para o regresso no território de Cabinda deve ser sustentado  através de um acordo político que assegure a justiça social,o direito e à liberdade para todos.

Viva a FLEC-FAC
Viva o Povo de Cabinda
Cabinda patria imortal, a tua gloria esta e estara sempre nos teus filhos
Paris , 12 de Novembre de 2012

Pela a Frente de Libertaçoa do Estado de Cabinda e seu Presidente Nzita Henriques TIAGO
Osvaldo Franque Buela
Secretário para a Informação e Comunicação da FLEC