Londres -  Vários angolanos residentes em Londres se abdicaram de participar das festa de celebração do trigésimo sétimo aniversário da Independência de Angola, organizada pela Embaixada de Angola, para prestarem homenagem ao jovem, supostamente angolano, encontrado morto as 7.40 da manha do passado dia 09 de Setembro, numa das ruas do subúrbio Londrino de Mortlake.


Fonte: TV Mangole

No local onde foi encontrado o corpo sem vida do (angolano), membros da ADIA (Angolan Diaspora in Action), e demais angolanos depositaram flores e acenderam velas para honrar o seu compatriota. Após dois minutos de silêncio os angolanos fizeram uma oração pelo malogrado e posteriormente entoaram cânticos de encorajamento.

 

O homem que tinha entre vinte a trinta anos de idade, caiu de um avião da companhia Britânica, British Airways, de um voo direito de Luanda a Londres, quando a aeronave, estava prestes a aterrar no Aeroporto do Heathrow. Segundo a polícia britânica, tudo indica que o jovem encontrou a morte enquanto viajava clandestinamente pendurado no trem de aterragem do Avião, onde devido a baixa temperaturas da altitude de voo, resultou congelado. A poucos minutos da aterragem, o avião abriu as portas do trem e o corpo do jovem presumivelmente já sem vida, caiu sobre o passeio do Portman Avenue em Mortlake

 

A polícia diz, que apesar de não encontrarem com o malogrado qualquer documentação que o identificasse como angolano, existem enormes probabilidades de o mesmo ser angolano pelo facto de cair de um voo direto, Luanda/Londres, por ser de raça negra e encontrarem nos bolsos das calças que vestia, notas de Kwanza (moeda angolana).

 

As autoridades locais, informaram aos angolanos ai presentes, que as autoridades angolanas foram informadas da ocorrência, mas que até ao momento não se pronunciaram em relação o sucedido o que dificulta sobre maneira, nas investigações de identificação do corpo.

Não obstante a notícia da morte do (angolano) ser manchete de vários jornais britânicos, a Revista de tiragem mensal “Weza” da Embaixada de Angola, que segundo o seu editor António Nascimento, surgiu para manter a comunidade informada, optou por não informar por completo aos angolanos qualquer aspecto sobre o assunto.

 

Durante a cerimonia, varias angolanos além demonstrarem a sua solidariedade, expressaram o seu descontentamento em relação a forma como caso esta a ser tratado pelas autoridades angolanas. ‘‘A minha presença aqui simboliza, um dever revolucionário. Estamos aqui a prestar tributo ao nosso irmão que morreu de forma trágica. Não sabemos o que lhe Levou a viajar desta forma, mas isso também serve de chamada de atenção no sentido de os angolanos se solidarizarem mais. E’ uma pena que as autoridades de direito não fazem nada para identificarem o corpo e assim podermos enterrar o nosso irmão com certa dignidade como manda a nossa tradição’’ Disse Hotep Sekhemwy. “Estou aqui como irmã, mãe, tia ou amiga porque não gostaria que alguém da minha família tivesse um fim tao tragico como este. Prestei-me em estar presente em qualquer homenagem que seja feita a este nosso irmão que neste momento só necessita ser identificado pelas autoridades e ser enterrado com certa dignidade. Gostaríamos que as suas impressões digitais fossem enviadas  para Angola e facilitar o seu reconhecimento e finalmente ser enterrado condignamente.” Palavras de Silvia, uma angolana que se fez presente no evento para homenagear o seu compatriota.

 

Com este acto de patriotismo, os membros da ADIA, lançaram uma campanha através da internet para chamar atenção dos angolanos no sentido de ajudarem na Identificação do corpo e se possível enviar para Angola, para que os seus familiares possam enterrar o seu morto de forma condigna.

As autoridades britânicas vão manter o corpo por mais alguns meses até que alguém (de direito) o reclame, de contrario o corpo será cremado.