Luanda -  Agora temos a certeza de que o mérito da vitória do Kuito-Carnaval não é, em nada, da comunicação social portuguesa. Se não fosse essa vitória o MPLA não trocaria de ideologia e os sobas principais e os seus herdeiros não poderiam investir e esconder nos mercados internacionais os biliões, que dizem ter evaporado das receitas da SONANGOL e dos diamantes, e infiltrarem-se nesses mercados como salvadores de pátrias, novos-ricos, emparasitários, perdão, empresários, e cabecilhas da “putência” militar regional, capaz de influenciar guerras e o desfecho das mesmas. O único e ainda recente contratempo ocorreu na Guiné-Bissau, onde a “putência” levou um pontapé no fundo das costas da sua corpulência, apesar de tentar intimidar toda a gente com o seu peito insuflado de galinha de aviário soviético.

Fonte: Club-k.net

Esta análise é inspirada e baseada nas teorias conspirativas do Bolha do pasquim oficial de Angola.  Chegámos quase à conclusão de que o Rio Beiro é um agente duplo e encontra-se, em simultâneo,  ao serviço do José Eduardo Mugabe e da Comunicação Social de Portugal, que procura, sem tréguas,  denegrir a imagem de Angola e dos seus sobas principais.

Se não fosse agente duplo, o Bolha não estaria tão abalizado para aventar hipóteses e teorias para o estado das coisas e/ou as coisas do Estado que tenta propagandear, com muita demagogia, de um modo contínuo e quase sempre inconsistente.  Todo esse conhecimento e estratégias do Bolha advêm das aprendizagens obtidas no território angolano e em Portugal, em especial durante o tempo do colonialismo.

Graças à espionagem efectuada pelo agente duplo,  em ambos os campos, no Estado angolano e na Comunicação Social de Portugal, ficámos a saber, pelas “palarvas” do Rio Beiro, aplaudidas pelo comité central dos patrulheiros angolanos, de que “alguns jornalistas portugueses foram culpados do prolongamento da guerra em Angola”, em Portugal “a liberdade de imprensa é ditada por uma intricada teia de grupos de poder ligados a grandes meios financeiros ilegítimos”, “as notícias de Angola respeitam a lógica dos lóbis”, boicotaram a “cobertura das eleições gerais em Angola” e omitem que “em Angola caminha-se para uma das mais sólidas democracias do mundo”.

O Rio Beiro quererá dizer que os jornalistas portugueses deveriam ter-se juntado ao grupo de mercenários angolanos, cubanos e russos no combate contra a UNITA e o exército sul-africano, para que as FAPLA não tivessem fracassado na Batalha do Kuito Cuanavale e na do Assalto Final e apenas tivessem saído vencedores na batalha do Kuito-Carnaval?

Os jornalistas portugueses poderiam ter pedido aos Santos  para inspirarem o José Eduardo Mugabe a mudar de ideologia antes da batalha do Kuito-Carnaval.  Não o fizerem porque sabiam de antemão que os mercenários soviéticos e os cubanos não lhe dariam autorização para tal.  Acerca das teorias conspirativas dos Media portugueses e de grupos económicos lusos, a maior ambição do Rio Beiro é de que um dia o comité central do MPLA tenha capacidade para cancelar edições e emissões e reeditar noticiários e impressões de jornais com os textos pensados pelo comité central, com os mesmos poderes que possui e exerce presentemente em Angola.

O Bolha tem a certeza de que “o império mediático do Murdoch foi construído em cima de crimes graves”, todavia ele fica muito aquém do Império Mediático do José Eduardo Mugabe e dos seus mais próximos e fiéis servidores. Murdoch investiu muitíssimos milhões na última campanha eleitoral contra a reeleição de Barack Obama. Perdeu.  O Império Mediático do José Eduardo Mugabe e dos seus mais fiéis servidores, dos muitíssimos milhões investidos, com verbas oriundas de crimes graves, conseguiu ser mais bem sucedido na distribuição pelos partidos das suas escolhas para deputados, o que o Rio Beiro designa por eleições justas e transparentes.

E o Bolha vai mais longe, quando afirma de que em Angola está-se a construir a democracia mais sólida do mundo. O Rio Beiro tem quase toda a razão. Na realidade, o mundo a que ele se refere é muito pequeno, tem uma área muito limitada, porque a sua extensão não vai muito para além do umbigo do José Eduardo Mugabe. Não é muito sólido devido à degeneração que a idade provoca nos tecidos musculares humanos, e o José Eduardo Mugabe não foge a essa regra, ele que está empoleirado há muitíssimos mais anos do que as caras que estão agarradas ao osso do Poder em Portugal.

Acreditamos que o Bolha e o José Eduardo Mugabe, apesar da erosão que os anos possa provocar na memória, ainda se recordam dos nomes que dos  presidentes eleitos democraticamente em Portugal, enquanto em Angola se manteve e mantém no mesmo trono o mesmo Zédu Mugabe de sempre, trocando de ideologias, de acordo com a sua conveniência e com a conivência dos que lhe são mais próximos, herdeiros e fiéis servidores.

O director do pasquim oficial oferece-se para dar o privilégio ao Luís Fazenda e ao Pacheco Pereira para elaborarem um plano de edição do pasquim oficial de Angola. Acreditamos que ambos recusarão a oferta, porque não se trata de um privilégio. Eles não devem estar interessados em sujar as mãos e a reputação numa empresa de jornalismo tão escatológica e, mesmo que o fizessem, os milícias e o comité central do partido que iniciou a guerra civil em Angola cancelaria essa edição e ordenaria uma reedição de acordo com o catecismo zéduardino.

O Rio Beiro arrisca-se a ser condenado pelos tribunais do José Eduardo Mugabe por abuso de poder. Ele convidou, indirectamente, o Barack Obama para visitar Angola e ofereceu-se para dar o “privilégio” ao Luís Fazenda e ao Pacheco Pereira para elaborarem um plano de edição do pasquim oficial sem ter a necessária autorização do Patrão de Angola, o dono da Republicana-Monarquia, o José Eduardo Mugabe.