Joanesburgo -  Há mais de décadas, a aplicação e o conceito de democracia vém inspirando forças politicas, devolvendo assim ao povo, o poder de participação directa na  resolução das  incongruências e politicas endémicas na acção de governar, e no direito de escolher os representantes através do sufrágio directo.

Fonte: Club-k.net


A  Democracia surge como forma de organização social que atribui a titularidade do poder ao conjunto da sociedade, um regime que prima pela descentralização política, separação do poder, liberdade de imprensa, manutenção do contencioso politico e defesa do associativismo. Este sistema configura-se ainda, no apagão da longevidade dos governos que se querem autocratas e nepoticos (do nepotismo) , negando-lhes o sustentáculo na propagação da concupiscência e do escárnio político (bajulação), deixando exposto assim, a fraqueza  dos governos incapazes de forjar mudanças significativas.


A eficácia das leis e a responsabilidade legalmente prevista no cumprimento da ordenança Jurídica, atribui ao regime democrático, valor imprescindível na  construção de uma plataforma de diálogo, que gera consensos multiculturais e politíco-ideológico. Por certo, estabelece uma importante relação entre os actores políticos e sociais, este último, entendido como grupos cívicos que agem para facilitar o modo de perceber e interpretar os problemas sociais, quanto para projectar alternâncias de políticas públicas, permitindo assim, a introdução de ideias renovadora, incorporando-as e adaptando-as ao sistema político vigente. Portanto, estes actores cívicos podem não só facilitar, modificar o contexto para o entendimento de determinados problemas, como também propor o rumo de soluções mais apropriadas e, assim exercer uma pressão eficaz sobre aqueles que detém o poder de decisão no sistema político, (A participação directa e representativa de outras correntes politicas, assim como a opinião do cidadão apartidário, gera  Governo de Unidade Nacional, e não partidos de esquerda, com fundo de conservadorismo e defesa  do centralismo administrativo). Entretanto, a Democracia no seu  ponto de vista epistemológico,  tem como foco, o princípio da alternância, do pluralismo ideológico fundamentada no debate contrastivo, visando sempre, a construção de um Estado verdadeiramente Democrático de Direito, Justiça e Paz,  e a manutenção do exercício do poder político estabelecido pela constituição das Repúblicas, em conformidade com o seu Direito Constitucional, (compreende-se nas entrelinhas que os governos não são estáticos mas, meros servidores públicos em reformação). 

A Democracia Midiática representa o pulmão dos Regimes Totalitários, assumindo responsabilidades  de intermediar  a gestão da imagem dos Regimes Totalitários em África, credibilizando-os e apresentando-os, como imaculados promotores da reconciliação junto da sociedade civil, bem como garante da estabilidade e segurança nacional, imprimindo a ideia de que, um possível conflito social seria inevitável, caso fosse desqualificado nas urnas.

Igualmente, na Democracia Midiática observasse uma correlação de forças, um casamento perfeito entre o Partido-Estado e os órgãos de comunicação social, no qual sem este quarto poder, os objectivos estariam comprometidos, por quanto este segundo (Órgãos de Comunicação Social), tem como papel informar, elaborar um plano de debates, expor ideias e formar opiniões, sobretudo com isenção. Todavia, nos Regimes Totalitários e nas Democracias Midiáticas, este papel é invertido, pois os órgãos da Imprensa Pública violam os princípios deontológico da classe jornalística, para desinformar  uma sociedade completa, promovendo debates consensuais e sarcásticos entre os membros da mesma organização política, com a finalidade de confundir o eleitorado ou cidadão (onde o entrevistado apresentasse como militante e Membro do Governo, e o Jornalista militante e Membro da associação dos jornalistas do Partido no poder. Obviamente, que não haverá debate democrático, mas sim, um círculo de palhaçadas, um teatro simulado de perguntas e respostas, porquanto o Javali, em circunstância nenhuma pode questionar a sujeira do porco, sendo os dois animais "imundos" da mesma espécie). Os lideres africanos precisam reconhecer que a Democracia, é o melhor regime politico a ensaiar, o comunismo falhou em todos os lugares que se estabeleceu, o resultado do comunismo, tem sido drástico que os cubanos  arriscam diariamente a própria vida em embarcações para tentar chegar aos Estados Unidos da América, e escapar da condenação comunista que transformou a Cuba numa civilização antiga, num atraso milenar em pleno século XXI.

Pelo contrário, a Democracia despoleta competividade política, reacende o debate político,  amadurece as formações políticas na sua forma de ser e estar na  política, refina e revitaliza os programas de governação, tendo no seu epicentro o homem (o povo), pois este  deve ser o substrato de todas as prioridades politicas do Governo. Outrossim, a notabilizada Democracia  Americana, conferi-nos  subsídios de afirmação, projectando a nossa visão e entendimento fora dos limites  da atípica Democracia Africana. Pelo que, acompanhamos uma Democracia transparente,  recheada de uma agenda de debates e argumentos de razão entre dois grandes pilares da Política Americana, Republicanos Vs Democratas: Mitt Romney & Barack Obama e a presença do renomado Jornalista  Bob Schieffer, que soube conduzir de forma imparcial e cronometrar os tempos de audiência. Dizer que atingimos o grau de satisfação primário, e parabenizamos os Yanques, pela isenção dos órgãos de observação eleitoral, não restam dúvidas que foi um presente de Natal  antecipado aos amantes da política. Não obstante, a  Democracia representativa reflectir valores, contrariamente na Democracia Midiática, os órgãos de informação estatal assumem-se como meros  servidores do Partido-Estado,  e não do Estado ao serviço do público. Entretanto,  Os Regimes Totalitários investem pesado na Mídia, surgem altas figuras do Governo, comprando Jornais independentes com objectivo de  restringir a liberdade de expressão, por conta disso exercer o poder sem limitações, apresentam-se como partidos únicos na prática e, como instituições do Estado. Estes regimes procuram exaltar a figura do seu líder, atribuindo-lhe poder ilimitado.

 

De facto, a África precisa adoptar uma postura política de progresso e producente de novos talentos,  abnegando assim, políticas de procrastinismo evolutivo, desconsiderar o dogmatismo e o cepticismo, segundo qual os lideres africanos devem ser seculares, alegando  incapacidade de surgirem novos intelectuais e um  único candidato nato a revelar-se centúnviro da verdade política absoluta, constatação pouco provável e carregada de inverdades. O continente africano, precisa importar um modelo de Democracia mais funcional, adequada e aplicável aos tempos de hoje, abandonar a ideia de que um adversário político pressupõe ser um potencial desestabilizador,  logo um alvo a combater e abater.

 

Em conclusão, os lideres africanos precisam olhar mais para o futuro de África, fazer mais para os povos de África,  realizar mais a África, e  menos os interesses subjectivos. Apelar pela construção de Estados Democráticos, Instituições  fortes que funcionem de forma imparcial e sirvam os verdadeiros propósitos da Justiça Social, Promoção do Direito da Igualdade, e  oportunidades  na distribuição das  riquezas e o respeito pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. É chegada  hora de reflectir sobre a luta de libertação que premiaram  a África de Estados-livres e soberanos, entender a razão da luta de cada africano, porque  dizimaram  sua juventude na resistência contra o colonialismo, e em prol da reconstrução da consciência africana, porque milhares de filhos africanos enfrentaram a morte em detrimento da  vida, e a favor da liberdade das gerações vindouras,  de forma sui generis e natural.


As origens, as raças, as diferenças ideológicas e partidárias, o regionalismo e o tom da cor da pele, não podem constituir critérios  de avaliação, e ditar as competências dos cidadãos e candidatos políticos a cadeira presidencial. Não se pode admitir que o africano, continue a ser mártir na sua própria pátria, do contrário de nada valeu a conquista das independências, logo somos obrigados a reavaliar os acordos, que antecederam e conduziram os intelectuais da época para este grande acto político,  que em suma, trouxe a cessação da hostilidade, a paz e o resgate da identidade dos povos de África. Ademais, destes mesmos acordos políticos evidenciaram-se outros conflitos sociais em África. Portanto, é preciso servir a África e os africanos, é preciso partir o berço da humanidade, interromper o sono e não mais alimentarmos de leite, à quem se pode dar carne. Pois ninguém pode impor-se aos acontecimentos naturais e suas opções.