Luanda - A Direcção da UNITA reuniu quinta-feira, 15, com Mark Simmonds - Ministro britânico para os Assuntos Africanos, Caribe e Energia Internacional. O encontro que decorreu nas instalações da presidência da UNITA foi descrito pelo Porta-voz do Galo Negro como tendo sido positivo, uma vez que serviu para uma abordagem abrangente sobre a situação política, social e económica do país.
Fonte: UNITA
A situação do conflito em Cabinda foi igualmente objecto de análise entre as duas delegações, tendo a UNITA, de acordo com Alcides Sakala, apresentado o seu ponto de vista sobre a conjuntura nacional e partilhado a sua visão face aos problemas que a região atravessa. “Foi um encontro de cortesia e que permitiu uma vez a UNITA apresentar as suas ideiais e fazer algumas reflexões”, explicou o Porta-voz da UNITA.
A delegação da UNITA dirigida pelo Eng. Joaquim Ernesto Mulato, aproveitou a oportunidade para reafirmar a vontade politica do partido de continuar a dar e de forma sustentada a sua contribuição para a consolidação do processo de paz em Angola, para o aprofundamento da democracia e para a continuar a sua luta pela transparência, boa governação e pelo respeito pelas direitos humanos em Angola.
Ainda relativamente a Cabinda, a UNITA defende a necessidade de se conseguir uma paz definitiva para o Enclave, que passe também pelo concurso da comunidade internacional. “Nós na UNITA pensamos que enquanto Cabinda estiver em guerra Angola não está em paz, porque Cabinda é parte integrante de Angola”, afirmou o diplomata.
Com a delegação britânica, a UNITA também abordou aspectos relativos ao respeito pelas leis nos processos eleitorais, assim como teceram-se importante considerações sobre a perspectiva das eleições autarquicas no país. “Reafirmamos a importância das eleições autarquicas no contexto da democratização do nosso país”, esclareceu Alcides Sakala, para quem o encontro com a delegação do governo britânico insere-se no conjunto de iniciativas diplomáticas da UNITA, no âmbito do diálogo internacional.
”Angola não se pode isolar da comunidade internacional e a UNITA é pelo diálogo construtivo com parceiros do país, para que enquanto partido com projecto de poder alternativo, podermos falar também do que é que nós faremos quando formos governo”, afirmou Alcides Sakala Simões.
O também secretário para as relações internacionais da UNITA, assegurou que o seu partido vai manter encontros a vários níveis, não apenas com as chancelarias representadas na capital angolana, como também com todas as delegações de governos amigos de Angola que visitem o país, no sentido de se consolidar o diálogo internacional tão necessário.
