Brasil - A história  do surgimento de algumas  instituições  nem sempre está  a prova de suspeitas,  quando as mesmas existem,  que lhes tornariam mais dignas na ausência destas, diante da sociedade que muitas vezes dizem  defender e até edificar valores culturais comuns  a toda  nação, quando o que se deseja  é  a construção desta  em que todos possam  se refletir, sem as discriminações  que levam a degradação humana.

Fonte: www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com

Crimes: Opiniões tóxicas  criada por este canal público de informação

Numa Angola de tantos conflitos o papel das instituições públicas ou privadas, além dos objetivos primários e originais a que se propõem cada uma delas, estar em sincronia com aquilo que mais preocupa a cidadania  é condição necessária e suficiente para não se encontrar  ao lado do que há de  mais reacionário e oportunista dentro da sociedade Angolana: a Corrupção.

Se um dia a história de Angola pós-independência  for escrita de tal forma  que não só os vencedores, e os habituais   “defensores do povo”, tenham interesses numa verdade que lhes convém; e que mesmo sendo a verdade das verdades; o Jornal de Angola poderá ser  também acusado não só de inventar crimes  contra os adversários políticos  daqueles que sempre controlaram a mesma publicação, mas também de  ocultar e omitir  os mesmos  do poder em situação. Para mim, diante dos fatos, na fabricação e na omissão já não existem diferenças.

Crimes  que se a nação tivesse  consciência dos mesmos, com certeza, os destinos do país  e da recente democracia  angolana seriam outros.

Destinos que para bem, o país não teria  a fama de o país mais corrupto do mundo, onde nenhum crime de corrupção é combatido. Ao contrário, as práticas dos mesmos são vistas como meios e instrumentos de empreendedorismo atribuídos a seres privilegiados, principalmente,  quando estes seres são os herdeiros dos homens   do poder.

E o silêncio sobre esses atos criminosos, vindo do Jornal de Angola, de garganta profunda  quando são os outros  a serem denunciados  e  os adversários dos que estão no poder, nada tem a ver com a velha e a famosa desculpa esfarrapada  de se manter  e salvar a integridade  Nacional diante de uma suposta ameaça de inimigos interno e externos. Como se a própria corrupção, fenômeno igualmente angolano e mais interno do que externo, não oferecesse um perigo à integridade da Nação; não oferecesse um perigo a Unidade Nacional; como se a própria corrupção não fosse mais do que um vício sócio-político e econômico  que poderia  levar o país a desembocar numa guerra.

Com  ajuda do Jornal de Angola criou-se a opinião de que o perigo sempre vem dos outros. Vem daqueles que  estão na oposição ou que simplesmente criticam o governo corrupto de José Eduardo dos Santos e o Partido no poder que o mesmo dirige. Opinião que criminosamente  ao longo dos trinta e sete anos de independência a maldita instituição soube incutir na mentalidade do cidadão angolano.

A vítima, como  uma esponja, que absorve as opiniões tóxicas  criada por   este canal público de informação é quase sempre aquele cidadão que orgulhosamente  se identifica como militante e simpatizante do MPLA, tem orgulho de ser defensor e membro desse partido, mesmo quando carrega na sua mente o veneno prejudicial que atrapalharia as boas relações  humanas, que deveriam  existir  com outros grupos  de cidadãos que não comungam  as mesmas ideias  e crenças. Este Jornal e outros meios de comunicação públicos inventaram as crenças diabólicas  do  ser  e o não ser o bom e o típico cidadão, que  deve depositar sua crença  e confiança política ao MPLA  e aos corruptos que estão no poder.

Sabe-se, e isso não é segredo para ninguém, que o Jornal de Angola criou a maior calúnia difamatória  que já tivemos em Angola  contra determinados grupos  étnicos. Muitos de nós até hoje recordamos o canibalismo protagonizados pelos homens da FNLA, os homens de Holden Roberto, assim como o grupo étnico que os mesmos representavam. Tudo isso foi obra  da famigerada publicação.

E os homens do poder que no passado comandaram aquele Jornal, hoje ainda com a mesma arrogância  e ambição de poder  em que sempre  estiveram caracterizados    suas  atitudes,  continuam  a  dar  diretrizes  ao mesmo Jornal: são  os  polêmicos herdeiros de Agostinho Neto. Que ajudam no presente a distorcer a posição histórica  em que este último merece  e  deveria estar. Não adianta acusar  a  oposição e quem odeia o lixo que o MPLA nos últimos quase 40 anos andou jogando por em cima de todos os angolanos, de serem formadores de calúnias  contra o nosso herói. Estes que hoje estão no poder, com suas truculências e bandidismo,  também ajudam  a desmistificar  a saga do Herói Nacional  que é e deveria ser o Grande Manguxi.

O Jornal de Angola não parou de cometer seus crimes. E com a mesma  ideologia  difamatória  e de calúnias, quando é possível, hoje, calunia a quem acusa  o governo angolano de corrupto. Não acusar esse  governo ( o mesmo desde 1975) diante de tanta confusão social é compactuar com o que há de mais imundo e promíscuo na sociedade angolana: a  corrupção. E ninguém tem obrigação de aceitar tal sujeira.

E não só, o Jornal  omite  a todos os angolanos o fato de que  Angola  é  governado verdadeiramente  por  uma quadrilha de bandidos e  gentalha da pior espécie. Na verdade,  a omissão é o ato administrativo institucional que esse  Jornal usa para se relacionar e estar em sincronia  com os homens do poder.

Um sincronismo que tem como objetivo estar de acordo com toda a  ignorância, a burrice  e a mentira; um outro ato administrativo, daqueles que vêm do poder de governar, que  só José Eduardo dos Santos  e alguns membros do MPLA têm. Esses subsidiam aquela instituição com o pensamento que pouco interessa a civilidade e a própria democracia.

Quando o interesse é de se manter no poder, tudo vale, até criminalizar os adversários.