Luanda - A fronteira do Massabi é a mais movimentada a nível  da província de Cabinda. Cidadãos de várias nacionalidades vêem de outros países passando pelo Congo, com o objectivo de entrar em Angola, tendo como canal de entrada a província mais ao norte dos país, Cabinda.

Fonte: Angolense

Segundo informações a que o Angolense teve acesso,  a Polícia de Guarda Fronteira, tem dado uma resposta imediata frustrando deste modo estas tentativas de violação da fronteira, incitada maioritariamente por cidadãos de nacionalidade congoleses.

Em 2011 mais de 14 mil cidadãos, sobretudo do Congo Democrático foram repatriados e as autoridades angolanas estão a levar acabo uma campanha de sensibilização junto das populações com cartilhas, a divulgar a lei sobre o auxílio a emigrantes ilegais, cujo resultado desta campanha mostra que mais de 4 mil cidadãos em 2011,saíram de Cabinda, de maneira voluntaria e este ano foram cerca de 8 mil cidadãos de várias nacionalidades

Segundo o comandante da Unidade Fiscal da província de Cabinda, Zacarias Zito, em toda Angola, a fronteira é extensa e não é possível controlar e fechar todas as fronteiras.

Massabi é afronteira com maior movimentação a nível da província de Cabinda, pois cidadãos de várias nacionalidades que vêem de outros países entram a procura de melhores condições de vida, outros para contrabandear drogas, mas de acordo com o comandante a Polícia da Guarda Fronteira tem dado uma resposta imediata frustrando deste modo estas tentativas de violação da fronteira.


Os casos de violações da fronteira têm sido mas incitadas por cidadãos de nacionalidade congolesa, mas também por cidadãos Senegales, malianos, mas em menor escala. Em 2011 mais de 14 mil cidadãos, sobretudo do Congo Democrático foram repatriados. “Esta emigração ilegal esta a provocar o comércio ilegal, não pagam impostos e fazem negócio em todo o lado sem nenhuma organização, principalmente, medicamentos impróprios”, disse, tendo acrescentado que, “em média entram na província de Cabinda cerca de 151.363 mercadorias de todo tipo desde vestuários, medicamentos, discos, entre outros, provenientes do Congo. “Entra mais mercadoria do que sai”, disse o comandante, tendo realçado que a mercadoria que mais sai de Cabinda para o Congo, é a madeira e produtos do campo, enquanto do Congo para Cabinda, entra o material de construção e vestuários.

Semanalmente, explicou, são apanhados grande quantidade de medicamentos impróprios na fronteira que são queimados com a presença de técnicos de saúde e também apreendidos uma enorme quantidade de discos piratas.

Segundo fez saber, as autoridades estão a levar acabo uma campanha de sensibilização junto da população com cartilhas a divulgar a lei contra o auxílio a emigrantes ilegais e a população tem respondido fazendo denúncia dos cidadãos ilegais, as autoridades tradicionais também têm colaborado com a polícia mostrando os cidadãos que se infiltram nas suas aldeias.


“Este ano de 2012 foram cerca de 8 mil cidadãos de várias nacionalidades que também  egressaram voluntariamente, tudo porque a população ganhou consciência que abrigar um estrangeiro ilegal é crime”, afirmou, acrescentando que, “muitos dos estrangeiros estão a regressar por falta de abrigo. A emigração em Angola, deve-se ao facto de que muitos estrangeiros acorrem a província de Cabinda porque têm Angola como um El dourado”, disse.

Apesar de alguns saírem voluntariamente, assegurou, a polícia continua a fazer micro operações para prender e repatriar os estrangeiros, mas não obstante a isso, os esforços que a guarda fronteira do Massabi tem efectuado para impedir que haja entrada de emigrantes ilegais vindos da República Democrática do Congo, alguns conseguem atravessar a fronteira usando como passagem as matas, mas logo depois são apanhados e repatriados imediatamente.

Os estrangeiros que pretendem alcançar o solo angolano, a partir de Cabinda, mantém contacto com elementos residentes que já estão no território que dão todas as directrizes de como estes podem entrar, notou o comandante.

Para escaparem da accão policial, os emigrantes escondemse durante dias sem comer e quando são capturados encontram-lhes bastante desnutridos, debilitados fisicamente. Antes de serem repatriados recebem os primeiros socorros no centro de detenção de estrangeiros ilegais onde tem um centro médico equipado para atender em medicamentos e alimentação e depois são transportados até a fronteira a fim de serem repatriados. “ O repatriamento acarreta muitos custos aos cofres do Estado”, revelou sem adiantar números.

FLEC sem espaço de manobra

Por outro lado, a situação Político- Militar de Cabinda é actualmente estável em todos os municípios, inclusive, na fronteira. Anteriormente os cabindenses, não podiam circular em determinadas áreas como em Miconji, por causa do conflito armada que se fazia sentir na província mas ao norte do país. O Angolense soube que, em 2010 ainda haviam focos de militares que criavam desturbios a província, mas hoje Cabinda vive um clima de estabilidade, a FLEC deixou de ser uma pedra no “sapato” para as autoridades.

Hoje a população circula livremente. Antes quem saísse do município sede de Cabinda até fronteira de Massabi,corria o risco de cair numa embuscada da FLEC,mas devido a um trabalho dos órgãos de segurança de Cabinda, o ambiente é de paz neste momento fruto da colaboração da população e das autoridades tradicionais.