Luanda - O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, é já o vencedor antecipado do Prémio Jornal de Angola, uma distinção que as Edições Novembro prevê instituir, e anunciar, no próximo mês de Janeiro.

Fonte: Club-k.net

O Prémio Jornal de Angola, com o qual as Edições Novembro se propõem distinguir personalidades que se destacam em vários sectores de actividade, foi formalmente aprovado em reunião do Conselho de Administração daquela empresa pública, realizado na quinta-feira, 20, em Luanda.

Embora seja proprietária de vários títulos jornalísticos, nomeadamente: o Jornal de Angola, Jornal dos Desportos, Jornal da Cultura e Jornal de Economia e Finanças, as Edições Novembro não procuram, com a distinção que acabam de aprovar, estimular ou premiar a actividade jornalística. O Prémio Jornal de Angola destina-se, sobretudo, a políticos e empresários.

Na mesma reunião, o Conselho de Administração não aprovou, ainda, o formato final do prémio. Faltam-lhe o regulamento, o júri bem como a natureza dos estímulos a atribuir ao vencedor.

Não obstante essas importantes lacunas, o promotor do Prémio Jornal de Angola já escolheu o vencedor da primeira edição. O nome de José Eduardo dos Santos foi proposto pelo presidente do C.A. das Edições Novembro, José Ribeiro, no que foi imediatamente secundado pelo administrador para a Área da Informação, Filomeno Manaças. Mas a ideia de cobrir o Presidente da República com um Prémio de mérito duvidoso foi do português Artur Queiroz, o principal conselheiro José Ribeiro.

O anúncio do prémio bem como do vencedor da sua primeira edição será feito em Janeiro, mas a entrega da distinção ainda não tem data marcada. Muito provavelmente, as Edições Novembro penderão adequar a data da entrega do Prémio à agenda do Presidente José Eduardo dos Santos, de modo a que a cerimónia seja honrada com a presença do ilustre galardoado.

Resta saber se JES aceitará receber um prémio entregue de bandeja. As Edições Novembro pretendiam fazer coincidir a instituição e entrega do Prémio Jornal de Angola com o período da última campanha eleitoral. Como agora, também naquela altura o vencedor seria o então candidato do MPLA à Presidência da República. A iniciativa acabaria adiada por sugestão do próprio MPLA, que entenderam que a sua realização naquela altura arruinaria ainda mais a já escassa credibilidade dos órgãos de informação públicos.

Depois da reunião do Conselho de Administração que sancionou um acto de "lambe-botismo" sem igual nos anais do jornalismo angolano, José Ribeiro anunciou aos seus pares que viajaria naquele mesmo dia para Portugal, para passar o Natal ao lado da família. Com José Ribeiro viajou a sua alma gêmea, Artur Queiroz. Ambos transformaram o único diário do país numa tribuna de insultos e humilhações contra Portugal, seu povo e instituições. Contudo, é lá, em Portugal, país que associam à fome, corrupção e à pedofilia, que José Ribeiro e Artur Queiroz vão passar o mais importante dia da família. É, paradoxalmente, lá que mantém as mulheres e filhos. É para lá também que transferem os gordos dividendos que recolhem do seu servilismo.