Luanda – Essa semana que findou foi surpreendente e farta em notícias para os angolanos de todas as matrizes políticas e sociais. O facto é que escorregaram para o público notícias que deliciaram e preencheram de sobremaneira o imaginário do nosso adormecido mundo político nacional. Saíram a público notícias gizadas de incúrias com realce nos pontos de vista defendidos pelas pessoas implicadas na produção de tais declarações explosivas.

Fonte: Club-k.net

As entidades promotoras desses pronunciamentos considerados como citações bombásticas, não se ativeram em cuidar com cautela a maneira como ventilavam em público os seus pronunciamentos, que em abono da verdade, em nada ajudaram a dissipar junta da sociedade crítica as discrepantes polémicas integralizadas nos seus ininteligíveis discursos, que por um lado se tornaram promíscuos e por outro estavam repletas de monstruosas iniquidades várias.

Essas pessoas, na sua vã tentativa de buscar consensos junto da sociedade civil e política, incorreram numa série de variantes incongruências que os levaram a resvalar impiedosamente para a fronteira obscura do nada.

Essa intenção saiu-lhes furada; uma vez que os sensores dos alarmes daqueles que controlam a audiência pública, denotaram incisivas incoerências que oscilavam dentro da dinâmica dos discursos produzidos, que os levaram a demarcar-se completamente das teses defendidas por essas interpostas entidades, pois, elas, não terem recebido o merecido respaldo da parte do público.

Porém, outras declarações ora produzidas, obtiveram uma sustentável aceitação pública da parte da sociedade crítica embrionária por terem obtido alguma notoriedade na audiência pública nacional.

Essas declarações obviamente tiveram níveis de audiências interessantes, chegaram mesmo a entupir os sensíveis sensores de medição da audiência pública fornecido pelo Ibope concentrado na listagem das estatísticas da nossa opinião publica nacional, que, infelizmente ainda deixa muito a desejar, pois caminha a passos largos para um estado degradante de falência irreversível.

Neste texto não abordarei evidentemente todos os casos de grande importância ocorridos essa semana que findou, mas, fica a promessa de que tratarei oportunamente do remanescente dos factos em pauta numa outra ocasião.

Assistimos essa semana a uma invulgar decisão tomadas em plenário pelo Tribunal Constitucional (TC) que foge ao curso habitual do consenso único manipulado pela constância do presidente do referido órgão.

Tivemos também o cínico pronunciamento da presidente do núcleo JESSEANO do investimento privado, Dra. Maria Luísa Perdigão Abrantes, que confusamente tentou ludibriar sem êxito a quem atentamente seguia o seu pronunciamento desastrado que diga-se em abono da verdade, feriu susceptibilidades várias junto da sociedade crítica nacional e de parte dos empresários angolanos que a escutaram atentamente.

Sobre essa questão falaremos em outro artigo, rectifico desde já o nome garboso utilizado para qualificar a economia que se deseja crescente como lhe chamou a Dra. Maria Luísa, de angolanização da economia e por coerência unilateralmente modifico-a e passo a chamá-la de estrangeirização da economia angolana.

Obtivemos ainda essa semana um pronunciamento do dirigente e deputado da UNITA, General Kamalata Numa, e o pronunciamento do PGR relacionado com o seu eventual envolvimento no crime de desvio de fundos transferidos para as suas contas no exterior do país.

É evidente que toda sociedade angolana esta atenta a tudo o que se passa no centro da sociedade cleptomaníaco MPLISTA e segue de perto todos os inimagináveis devaneios da família que (des)governa o país ininterruptamente a mais de 33 anos. Os escribas da nossa portentosa Angola escrevinharam tudo para que ficasse tudo muito bem registado e documentado para a posteridade.

A grande novidade mesmo vem dos Estados Unidos da América onde o filho do ditador José Eduardo Dos Santos, Filomeno dos Santos Zenú, em entrevista a CNN, deu início a campanha de divulgação da propaganda do governo de seu pai presidente.

Ao apresentar-se como dealer do Fundo Soberano De Angola, ficou claro que de facto, este fundo fora criado por seu pai para si mesmo. O mote foi dado, e a forma como Zenú se apresentou publicamente na frente das câmaras do canal de televisão da CNN, deu provas mais que suficientes, que comprovam de facto que ele é o homem forte no manuseamento dos cinco bilhões de dólares do fundo soberaníssimo da família JES.

É ele Zenú quem põe e dispõe do Fundo Soberano angolano, que, de angolano só tem mesmo é o nome, pois, o fundo financeiro de facto saí de Angola, mas vai direitinho para o fundo do baú familiar de JES, previamente estruturado e dinamizado pelo seu pai, para ser gerido por ele e pela meia irmã deste, a nossa russa descendente e ladra bilionária, por enquanto ainda angolana!

Esse rapaz falou tudo o que sabe e nada disse, pois, falta-lhe o experiente “background”, senão vejamos, porque um jovem que se gaba frente às câmaras de televisão, de ser o mais bem preparado tecnicamente em Angola, fica tão inseguro frente às câmaras da televisão.

Zenú é um menino sem experiência nenhuma e tudo que possa ser forçado a fazer é sempre um enorme risco para o país por ele ser demasiado inseguro, sem dinâmica, e com um enorme deficit de profissionalismo denunciado pelo seu mal-estar denunciado na entrevista que assistimos através da CNN. Mas, como não há contrariedades sem um senão; pois acontece sempre o inesperável nessas andanças.

Nos estúdios da CNN nos Estados Unidos, Zenú cometeu uma estrondosa gafe política que não só desfavoreceu a ele mesmo pela falta de altruísmo e pela falta inegável de patriotismo nacionalista, e também pela falta de elegância para com os seus colegas bisneiros. Zenú praticamente faliu intelectualmente.

O jornalista americano mesmo sendo muito bem pago pelo canal de televisão no decurso da entrevista voltou-se para o entrevistado Zenú e rasteirou o petiz com uma pergunta pertinente. Na verdade acompanhando toda panóplia transcorrida nessa entrevista, acabei por reconhecer que o verdadeiro vice-Presidente da República é ele.

Mas regressemos ao que interessa; o jornalista entrevistador americano não conseguiu calar-se; e colocou ao entrevistado uma pergunta claramente intencional, interrogando Zenú se, por ser filho do Presidente da República não seria mais coerente ser outro angolano a dirigir o Fundo Soberano angolano?

Zenú bastante mal resolvido, incoerente e sem dinâmica intelectual e com uma gritante falta de frieza necessária para defender-se de eventuais situações de risco dentro da política activa, como acabou por acontecer nos estúdios da CNN, respondeu temerosamente da seguinte maneira.

Pasmem-se os politiqueiros ao serviço de JES, e pasmem-se igualmente os quadros angolanos esforçados, pois foi dolorida a falha gritante da performance vergonhosamente mal digerida por todos quantos assistiram essa triste e vergonhosa entrevista de Zenú o filho do dono de Angola.

Filomeno dos Santos respondeu a pergunta que lhe fora feita em canal livre, rede mundialmente aberta, afirmando peremptoriamente sem vacilar, que, em Angola não existe outro quadro mais capaz do que ele para dirigir o Fundo Soberano.

Na verdade a resposta com tradução correcta foi a seguinte: Em Angola ele é o único com condições de conduzir os destinos do Fundo Soberano de Angola! E esta hein? Agora estamos claros com relação a quem de facto esta entregue os destinos do Fundo Soberano de Angola? Quem tinha duvidas a respeito agora não precisa mais tê-las, pois é o próprio Zenú quem o afirmou a partir dos Estados Unidos.

Porém é preciso ficar-se atento às jogadas rasteiras de mestre do dono do país do pai banana. Para mim JES quer a todo custo (GABONIZAR) a nossa terra, impondo-nos a sua família como destinatários do poder vitalício em Angola, como esta a passar-se na República do Gabão!

Para nós que já o conhecemos de ginjeira, JES não mais poderá enganar-nos, pois a munição que a sua arma engatilhar para disparar, transforma-se sempre num tiro retardado, pois, basta o Presidente JES sacudir-se para logo conhecer-se a verdadeira motivação que o levou a mexer-se, por isso as suas intenções estão sempre a descoberto.

José Eduardo dos Santos não chamou seu filho para brincar de político. Ele (JES) nunca brinca quando se predispõe a fazer alguma coisa que se relacione com a sua própria sucessão e, ou com a segurança do seu futuro, e com a segurança e o futuro de suas filhas e de seus filhos, esposa, ex-mulheres, e ex-namoradas mães de seus filhos e restante família.

JES enviou seu filho Zenú para os Estados Unidos sim, mas, não o enviou para que ele estudasse em qualquer universidade americana não, ele esta nos Estados Unidos para estudar e aprender sim, mas, agora da sua própria cartilha.

JES não para de aperfeiçoar e afinar seu filho para que ele venha em breve a consagrar-se no exercício da alta política continuada. Ele preparou um complô nacional e internacional para demonstrar que seu filho Zenú esta preparado para dirigir a máquina externa da política agressiva do comércio internacional dentro do aparelho de estado governativo. JES quer que acreditemos nele e no seu rapaz Zenú.

O Fundo Soberano de Angola é apenas um meio diversionista, não é no fundo soberano que por traz da táctica política a seguir pelo mestre, JES esta atento aos perigos que possa eventualmente vir a correr juntamente com sua família.

A estratégia que JES determinou para que o seu filho “aprendiz de feiticeiro” entrasse para a política governativa é muito mais vasta. JES pensou e verificou que já arrumou muitos problemas para ele mesmo dentro do aparelho político do seu partido ao levar Manuel Vicente para seu vice-Presidente.

A questão está centrada na inexperiência governativa de MV, este nunca fez parte do grosso de nenhum dos governos gerenciados por JES, e essa situação gerou grandes controvérsias no interior do partido de JES já de si bastante dilacerado.

Para Zenú está preparado outro filme, muito mais bem estruturado pelo pai. Zenú não vai permanecer por muito mais tempo como administrador do Fundo Soberano de Angola. Pois, este (o fundo) serviu apenas para dar o mote, o primeiro passo para entrada definitivamente de Zenú na política activa governativa do país.

Esta assim aberta à entrada de Zenú futuramente para a política visível como o futuro ministro das Relações Exteriores, com transito emergente como candidato fiduciário escolhido pelo ancião seu pai para a cadeira de vice-Presidente da República, tendo como candidato a cadeira de Presidente da República para o pleito eleitoral marcado para 2017, o lacaio ladrão credenciado Manuel Domingos Vicente.

Fica claro, que a todo o momento Zenú estreara na alta política governamental como o mais jovem ministro das Relações Exteriores. Vistas as coisas desse ponto de vista, é crescente a avaliação e a determinação de JES e do seu “entourage” como decidiram afinar as baterias nessa frente da diplomacia comercial agressiva, e, nesse jogo dos fortes, fica de fora o vendilhão de templos o ministro bonacheirão Jorge Chicote.

É verdade que o actual ministro muito em breve deixara a sua cadeira para o filho de seu patrão, pois Jorge Chicoty infelizmente para ele não tem vez nesse plano armadilhado pela casa de segurança militar. Chicoty terá de ir chicotear por outras bandas, talvez para uma qualquer importante embaixada pertença do reino do pai banana.

Não tenhamos duvidas, a porta a ser utilizada para JES projectar seu filho Zenú, e faze-lo entrar no governo esta bastante bem definida, ela vai ser a da diplomacia. O rapazito Zenú vai aparecer como o futuro novo ministro das Relações Exteriores de um governo velho e apodrecido comandado pelo seu não menos velho pai escarnecedor.