Kuito - O ministro do interior, Ângelo de Barros Veiga Tavares, admitiu neste sábado, 22, na cidade do Kuito, província do Bié, haver fragilidade na instrução de processos crimes por parte dos especialistas da Polícia de Investigação Criminal. Este sentimento foi manifesto à imprensa no final da visita de quatro dias que efectuou na província do Bié, com o objectivo de constatar o grau do funcionamento do sector.

Fonte: Angop

O governante frisou que dos encontros mantidos com os responsáveis judiciais, chegou-se a conclusão de que existem debilidades por porte de alguns investigadores e instrutores processuais.

Este facto, segundo o ministro, não pode prevalecer para muito tempo, de forma a não prejudicar o normal funcionamento de outros órgãos judiciais vocacionados a tratar da situação dos reclusos.

Solicitou aos responsáveis do órgão no sentido de haver maior cuidado no domínio da formação do pessoal, assim como na selecção de quadros para o exercício das funções nesta especialidade.

Ângelo de Barros Viega Tavares mostrou-se preocupado com a demora dos recursos interpostos no tribunal supremo, acrescentando que este facto merecerá abordagem com as entidades de direito. 

Durante a sua estada na província o ministro visitou as novas instalações da Direcção Provincial da Investigação Criminal (DPIC), que será inaugurada no próximo dia 28 de Fevereiro, dia consagrado as comemorações da Polícia Nacional.

Outrossim, o ministro do Interior procedeu o lançamento da primeira pedra para a construção da cadeia da Kuquema, 20 quilómetros a sul da cidade do Kuito, com capacidade para albergar mil e quinhentos reclusos.

Na ocasião, o fiscal da obra, Fernando Cristiano, informou que a infra-estrutura terá um bloco para acomodar os reclusos, outro administrativo, duas quadras desportivas, refeitório, área de lar, guaritas, entre outros compartimentos. Um posto de saúde e uma escola académica, segundo a fonte, farão também parte da nova cadeia, cujas obras vão durar 18 meses.

O director nacional dos serviços prisionais, Domingos Ferreira Andrade, realçou que o programa da construção daquele empreendimento enquadra-se no melhoramento das condições dos reclusos e funcionários.

Enalteceu, por isso, o empenho do Governo na construção de infra-estruturas para este sector, visando acomodar os reclusos, bem como aliviar a sobrelotação dos estabelecimentos existentes, no caso, na comarca do Bié, que alberga 600 presos.