Lisboa -   A diplomacia angolana está a observar  um escândalo silencioso provocado por  denúncias  sobre irregularidades nas redes consulares.   O Assunto levou com que o MIREX, despachasse recentemente para Europa, com realce a  Portugal, uma equipa chefiada pelo seu  Inspector-Geral,  Embaixador Rodrigo Pedro Domingos, a fim de apurar  denúncias de concessão fraudulenta de vistos de entrada em Angola nos Consulados  Gerais de  Lisboa, Faro e Porto.

Fonte: Club-k.net

Ministro Chicoty assina exonerações

Na sexta-feira (22) passada o Ministro de tutela,  George Chicoty  assinou  um despacho que dava como exonerados o cônsul geral do Porto (Portugal), São Paulo (Brasil), Londres (Inglaterra), Ponta-Negra (Congo- Brazaville) e Oshakaty (Namíbia) tendo o   documento aludido  que a  decisão deve-se a  “inconveniência de serviços”.  Os exonerados  encontravam, a menos de dois anos nos referidos cargos, porém, o ministro  não indicou que os irá  substituir..


Segundo, o que se ventila  em meios diplomáticos, a exoneração do Cônsul do Porto, Salazar André terá sido provocado pela ação de uma rede de  funcionários (Olga Franco, Joel Amaral, Pedro Cardoso) que terão criado mecanismos paralelos que operavam como  empresas de prestação de serviços para aquisição de vistos para  estrangeiros.  O MIREX, segundo, os círculos que se faz referencia,  decidiu penalizar  o chefe da missão consular por não ter podido controlar os apetites dos funcionários que estavam sob sua alçada.


A recente  inspeção que se observou nos consulados angolanos teve desfecho ao qual os funcionários auguravam que tivesse final diferente ao que aconteceu no passado no consulado de Angola em Hong- Kong. Na altura, “depois da denúncia e tudo confirmado”, o visado Sebastião de Carvalho Neto que é um funcionário sênior (oriundo do SME), e que estava naquela localidade nas vestes de Vice- Cônsul terá usado influências com figuras do regime da linha  Fernando da Piedade Dias dos Santos Nandó, acabando  “o dito pelo não dito”  e mantendo-se a chefiar a área dos vistos.

Há conhecimento que no consulado geral de Angola na cidade do Cabo, na África do Sul opera também uma empresa de prestação para aquisição de vistos ao qual se atribui ao chefe na missão cônsul, Apolinário Pereira.  Não há dados que apontam que o MIREX tenham despachado a inspeção para averiguar  as referidas constatações.