Luanda –  A Polícia Nacional de Angola  está ser acusada de  abafar   um crime ao qual  esta associado  um sobrinho de António Pedro Amaro Neto, o director provincial  da Investigação criminal de Luanda.  A acusação é dos familiares da vitima numa exposição que por desespero  fizeram chegar ao partido MPLA.

Fonte: Club-k.net

Inspectores alegam que o processo desapareceu

Segundo a exposição tudo aconteceu na noite do passado dia 22 de Novembro de 2012, quando a vitima de José Carlos Mariano,   saiu com o seu amigo Rui Martins Lemos (sobrinho do director da DPIC) para uma festa. A viatura Rav4 de cor de vinho,  em que os dois amigos se  encontravam, foi batida de trás por um camião  por volta das 3 da manha do dia 23 daquele mês,  nos arredores do banco BIC de  Viana resultando na morte imediata de  José Carlos Mariano  enquanto que Rui Martins Lemos, o proprietário e condutor da viatura  seria levado para  Hospital para receber tratamento, conforme versão dos investigadores.


A referida versão apresentada pela   Polícia não terá convencido os familiares por terem notado  contradições  e dados que não se encalham.  Na exposição, que fizeram chegar ao partido no poder, a família conta que ao irem ver o cadáver  de José Carlos Mariano  encontraram-no  com um sinal atrás da nuca que aparentava ter levado uma paulada e com os pés com marcas de alguém que terá apanhado pontapés.  O cadáver não trazia sinais de ferimento e a família questiona   como é que alguém  tem acidente de carro, com batimento na parte traseira aparece com marcas de  paulada. 


A  autopsia alega que o mesmo faleceu de traumatismo craniano e a família questiona porque a Polícia avançou  com este procedimento   sem os ter informado ou solicitado autorização.


Nas desconfianças da família, apenas o amigo e sobrevivente Rui Martins Lemos   pode explicar o que exactamente aconteceu  naquela noite em que ambos saíram da festa. Porém, o facto de Rui  Lemos  encontrar-se desaparecido e a esquivar-se da  família do falecido, esta a levantar suspeitas de que ele esteja  associado ao crime.

A saber

- Rui Martins Lemos , não tem sinais de ferimento e no hospital foi colocado sozinho numa sala para doentes  auto-rênio como se estivesse a ser escondido, o que contraria a versão da policia de que o mesmo também se encontra mal.  Não permitiam que o mesmo seja visto pela família da vitima.


- A viatura  supostamente quebrada em que eles foram embatidos  foi retirada do local pela polícia e colocada em local incerta  ao qual se estima que tenham feito desaparecer.   O aparecimento do carro seria para certificar de que terá mesmo sido acidentado.


-  Os familiares foram ter com o responsável da área dos crimes contra as pessoas da DPIC, José Bernardo e o processo foi dado como desaparecido.


Em reação aos estranhos acontecimentos em torno do processo, a família foi ter com a comandante provincial de Luanda, Elizabeth Ramos Franque e esta por sua orientou um instrutor da DPIC, Francisco José para ajudar no esclarecimento do processo.


O suposto encobrimento que a polícia nacional estará a dar a Rui Martins Lemos  leva com que a família suspeite que a cobertura deve-se ao facto de o mesmo ser sobrinho do director provincial  da Investigação criminal de Luanda, António Pedro Amaro Neto.  A família do malogrado, segundo a exposição desejam apenas que o caso seja  devidamente esclarecido.