Luanda – A classe alimentação e bebidas não-alcoólicas foi a que registou maior aumento de preços Em termos mensais, o IPC registou uma variação de 0,61 por cento, entre Dezembro de 2012 e Janeiro deste ano. A manutenção da inflação em níveis baixos consta das prioridades do Executivo, que fixou para 2013 uma meta de 10 por cento.

Fonte: Expansão

O aumento do custo de vida na província de Luanda no mês de Janeiro foi de 8,9 por cento, uma redução de 2,58 pontos percentuais (pp) relativamente ao observado em igual período do ano anterior, em que se situou nos 11,4 por cento, indica um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE), que teve como base o Índice de Preços do Consumidores (IPC).

Em termos mensais, o IPC passou duma variação de 0,99 por cento entre Novembro e Dezembro último, para 0,61 por cento do último mês de 2012 a Janeiro deste ano. A classe alimentação e bebidas não-alcoólicas foi a que registou maior aumento de preços, com 0,75 por cento.

Destacam-se igualmente os aumentos dos preços verificados nas classes de mobiliário, equipamento, doméstico e manutenção (0,72%), hotéis, cafés e restaurantes (0,71%) e na saúde (com 0,68%). Pela primeira vez, em quase 20 anos, altura em que se começou a ter os primeiros dos cálculos da variação de preços, a inflação do País atingiu o marco histórico de um dígito em Agosto de 2012, ao se fixar nos 9,8%.

A manutenção da inflação em níveis baixos continua entre as prioridades do Executivo, que fixou para este ano uma meta de 10%. De acordo com especialistas, uma inflação baixa pode permitir que empresários e famílias tenham acesso relativamente "mais fácil" ao financiamento e a uma taxa de juro aceitável, sobretudo nesta altura em que a massa monetária gerada pelo sector petrolífero começa a entrar para a banca nacional.

O Banco Nacional de Angola (BNA), o guardião da estabilidade de preços, indica que a taxa de câmbio é uma das variáveis que mais influenciam a inflação e reitera a necessidade da continuidade do processo de desdolarização da economia.