Lisboa - Angola quer estender à área do Ambiente a sua "parceria estratégica" com a China, em particular no domínio da gestão de resíduos e indústrias de reciclagem, indicou hoje em Pequim o secretário de Estado angolano do sector, Syanga Abílio.

Fonte: Lusa/SOL

"A construção civil é um dos aspectos mais visíveis da parceria estratégica entre a China e Angola, mas pensamos que a China tem outras soluções para oferecer ao mercado angolano, nomeadamente na área ambiental", disse Syanga Abílio.


Segundo o governante angolano, a China "tem desenvolvido programas que permitem garantir a sustentabilidade do crescimento" e "essa experiência pode ser partilhada com Angola.


Syanga Abílio falava num hotel de Pequim após uma inédita sessão de promoção do certame "Ambiente Angola" que decorrerá este ano em Luanda de 31 de Maio a 02 de Junho de 2013, sob o tema "Promoção das Tecnologias Ambientais na Gestão de Resíduos".


É a terceira edição do certame e, depois de Pequim, a iniciativa será apresentada no Brasil e na África do Sul.


"Neste momento, Angola está na fase de crescimento e desenvolvimento. Há necessidade de introduzir melhores práticas ambientais", disse Syanga Abílio.


Os organizadores da feira "Ambiente Angola" esperam reunir cerca de cem empresas (mais 40 do que em 2012), de nove países, entre os quais Alemanha, China, Espanha e Portugal.


"Angola vive o momento mais próspero da História desde a independência, em 1975", afirmou o presidente da Feira Internacional de Luanda (FIL), Matos Cardoso, que organiza o certame em colaboração com o Ministério angolano do Ambiente.


Ao exortar as empresas chinesas a participar na feira, Matos Cardoso disse também que "económica e socialmente, Angola é o país mais estável de África".


Angola e China estabeleceram relações diplomáticas em 1983.


Trinta anos depois, Angola é o segundo maior fornecedor de petróleo à China, a seguir à Arábia Saudita, e cerca de 260 mil chineses trabalham naquele país africano, sobretudo em obras públicas e construção de infra-estruturas.

Segundo fontes chinesas, o montante dos empréstimos e linhas de crédito concedidos pela China à Angola desde 2004, através de vários bancos estatais, ronda os 15 mil milhões de dólares (11,14 mil milhões de euros).