Kuando Kubango – O parque nacional de Luiana, no Kuando Kubango, está ameaçado. Caçadores furtivos estão a dizimar  nos seus habitats manadas inteiras de elefantes provocando a fuga destes  para a Zâmbia, Namíbia e Botsuana. O chefe do departamento do ambiente  em Menongue, Júlio Bravo já reconheceu a tragédia tendo realçado o facto de serem poucos os fiscais existentes naquela área.

Fonte: Club-k.net


“O parque está fustigado em termos de caça furtiva. Temos no terreno apenas 19 fiscais e como se não bastasse está em causa o mega projecto Kavango/Zambeze. Tendo em conta a complexidade da área é necessário aumentar a fiscalização”, disse o especialista.

Por sua vez o director do Instituto para  o Desenvolvimento Florestal, Salomão Saúde, fez saber que existe legislação para a protecção da biodiversidade. “A lei condena o abate de elefantes e  os prevaricadores podem correr o risco de pagarem multas avaliadas entre 700 mil kwanzas a um milhão, dependendo dos seus troféus”.

Este portal sabe, entretanto que não existe queixa alguma nem detenções relacionadas com o abate de elefantes na comuna da Jamba onde o parque está situado. Sabe-se igualmente que os caçadores são, geralmente nacionais que comercializam o marfim alem fronteiras.

Nos anos que se seguiram ao fim do conflito armado, milhares de elefantes haviam voltado ao parque que de princípio, oferece condições naturais de acolhimento devido ao delta do rio Cuando e a exuberante vegetação.

Na sua última deslocação à Menongue, o Presidente da Republica, José Eduardo dos Santos, prometera “fazer do Kuando Kubango, um dos maiores destinos turísticos do mundo”. Este desiderato está assim comprometido devido a caça furtiva que se realiza ante o olhar impávido das autoridades competentes.

No período colonial o parque de Luiana era protegido por cerca de 100 guardas florestais  que dispunham de meios, adequados à época, como jeeps, aparelhos de comunicação do tipo P19 espalhados pelas várias coutadas de caça.