Luanda - O principal partido político da oposição em Angola diz que vai exigir que a Procuradoria da Republique investigue as queixas de corrupção e branqueamento de capitais apresentadas Terça-feira contra diversos colaboradores do Presidente José Eduardo dos Santos.

*Manuel José
Fonte: VOA

O deputado pela bancada parlamentar da UNITA, Abilio Kamalata Numa assegurou a VOA que o seu grupo se vai inteirar sobre o processo e exigir a Procuradoria Geral da Republica que investigue as denuncias.

A Associação Mãos Livres deu entrada Terça feira  em Luanda na Procuradoria Geral da República de uma queixa crime de corrupção e branqueamento de capitais contra alguns colaboradores do presidente da república de Angola José Eduardo dos Santos.

David Mendes, um advogado da organização disse que foram apresentadas “queixa crime contra Joaquim David, José Leitão, José de Paiva e Costa, Pierre Falcone, Vitaly Malkin e Alcadi Gaydmak”.

Mendes Advogado da Associação Mãos Livres apresentou publicamente um relatório de 170 páginas contendo matérias que consideram de provas dos crimes cometidos pelos visados


Kamalata Numa sugeriu aos visados pela queixa crime que apresentem as suas defesas.


“As pessoas visadas nestas questões precisam de provar a sua inocência ao invés de ficarem na praça publica permanentemente e utilizarem recursos inapropriados para um regime democratico e de direito,” disse

«A corrupção existe em Angola, isto foi confirmado pelo próprio presidente da república quando dizia que depois da guerra a corrupçao era o pior cancro que o país estaria a atravessar,» acrescentou.

Outro parlamentar mas do grupo parlamentar do PRS, Benedito Daniel acha que estes casos de corrupção têm a sua origem na impunidade vigente em Angola.


“A falta de cumprimento das leis o país cai na corrupção, na alienação e na irresponsabilidade,” disse.


“ Temos um país a torto e a direito,” acrescentou.

Quem também se pronunciou sobre a matéria é o economista e secretário geral do Bloco Democrático Filomeno Vieira Lopes, para quem a culpa pelos índices elevados de pobreza dos angolanos é a corrupção dos detentores do poder.


“Estamos num país sem qualidade de vida, num país com níveis de pobreza muito acentuados e o responsável é a corrupção,” disse


Para Filomeno Vieira Lopes os dirigentes angolanos «são pessoas que tratam o estado como se fosse o seu próprio quintal, não têm limites, não têm limites».