Lisboa - O general António José Maria, chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM) importou um sistema de escuta altamente sofisticado da Alemanha.  Técnicos alemães encontram-se já no país a montar o sistema, na base do Batalhão Técnico Operacional (BATOPE) do Cabo-Ledo.

Fonte: Club-k.net

Sob alçada do general José Maria

ImageO sistema de vigilância electrónica, que inclui rastreamento de e-mails e comunicação por internet de figuras tidas como críticas ao regime deverá estar operacional nas próximas semanas.  O referido sistema montado é paralelo ao existente, gerido pelos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) de Sebastião Martins, instalados no centro do Morro Bento em Luanda.


De acordo com conclusões de peritos na matéria, “o general Zé Maria passa assim a ter controlo directo sobre os actores civis, incluindo escutas de altos membros do MPLA, do governo e do exército que possam manifestar descontentamento em relação ao Presidente da República ou ao general Kopelipa, seu principal protector.”


Por sua vez, o general Manuel Vieira Dias “Kopelipa” criou também um sistema de inteligência paralelo ao oficial, com especialistas brasileiros, portugueses e russos que trabalham directamente para si. O sistema do chefe da Casa de Segurança do PR esta destinado a contornar o SISM, o SINSE e os Serviços de Inteligência Externa (SIE), cujos responsáveis despacham consigo. 


Em meados de 2011, o general António José Maria, foi à principal figura impulsionadora de uma aquisição de equipamentos adquiridos a partir de Israel, numa movimentação ao qual foram preteridos fornecedores chineses, inicialmente contactados para o efeito.


Há cerca de 4/5 anos, as autoridades previam transferir integralmente o BATOP, para um centro em Luanda (Calumbo), uma iniciativa que não foi avante, aparentemente por causa de desinteligências com os chineses contratados para construir e equipar as novas instalações.

O envolvimento da Inteligência Militar, nas ações de escutas advêm da sua experiência, que o levou adquirir meios eletrônicos que serviram  para intercepção, no passado,  das comunicações do falecido  líder da rebelião armada Jonas Savimbi,  a partir de uma base  que funcionava na Catumbela,  que na altura era dirigida pelo brigadeiro  “Alex”, um oficial oriundo da UNITA (desertou em 1993 a partir do Negage).