Huíla - A decisão saiu de uma assembleia de emergência de professores realizada em pleno 1º de Maio convocada via mensagem telefónica que reuniu mais de dois mil professores numa das escolas da cidade do Lubango.

Fonte: VOA

A reunião analisou as comunicações do governo e do partido no poder que periodicamente emitem avisos para alertar não só sobre a ilegalidade da greve, mas também para advertir que não irá pagar os professores grevistas. Os professores irredutíveis prometem manter a greve e apelaram aqueles que ainda não aderiram à greve para o fazerem.

A greve completou quinta-feira três dias e nas escolas o clima de greve é visível. Salas e pátios vazios numa clara demonstração de adesão cada vez maior dos professores à paralisação.

O MPLA num comunicado do comité executivo do partido distribuído à imprensa esta quarta-feira, acusou o Sindicato dos Professores (SINPROF) de estar a ser instigado pelos partidos da oposição fragilizados com os resultados das eleições de 2012.

O secretário provincial do SINPROF, João Francisco, negou enfaticamente as acusações. “Desde os anos de guerra que nós temos vindo a desafiar para que provem a nossa coligação com partido político, que provem isso!”, disse. “Isso é atitude dos fracos”, acrescentou.

Para a secretária provincial da UNITA na Huíla, Amélia Judite, o seu partido alo negro não precisa recorrer das forças sindicais para se fazer ouvir. “Quando a UNITA quiser fazer uma manifestação por uma razão clara nós não precisaremos usar nem bodes expiatórios nem procuraremos sindicatos nem uma outra coisa, porque os angolanos estão aí para ouvirem a nossa voz”, disse.