Benguela - É normal entre nós a divisão de jornalistas da imprensa privada e da pública. A relação em muitos casos não é cordial, há exemplos de coberturas sem solidariedade entre a classe. Mas o que mais me admira são aqueles que quando têm o microfone ligado ou digitar/escrever dizem que está tudo bem, «o fulano garantiu, inaugurou, implementou, o povo agradeceu …».

Fonte: Club-k.net

Quando desligam ou posam a caneta reclamam/desabafam a fome e os problemas da vida. Por outro lado há outros que quando ligam os microfones ou digitam dizem/escrevem “está tudo mal, desde água ao pão, a corrupção é o vírus do regime». Porém quando a verdade vem acima são os chantagistas, cobram propinas para não divulgarem informações supostamente comprometedoras ou para divulgarem informações recebem troco. Está é uma realidade do jornalismo que ninguém quer falar. Dirão é especulação!


Há ainda o vírus da preguiça mental que chegou a medula, dificilmente se consulta dicionário ou outras formas de aprender, os mais experientes pensam que sabem muito e os mais novos não querem ser reprimidos, falta de humildade. Por isso a evolução é assim-assim.

É verdade que a luta licita para o nosso sustento é prioridade contudo passa ser preocupante quando se inverte «a barriga sobre todas as coisas». È também verdade que as condições de trabalho/impedimentos/”censura”… Não permitem que se faça um exercício livre, quem não sabe deve estar a viver num outro país e não este. Agradeço profundamente aos bons profissionais desta classe.

Que o jornalismo seja para além da barriga!
Cidadão angolano