Huíla – As famílias que habitam no condomínio da Juventude no alto da Mitcha, cidade do Lubango, estão descontentes com a modalidade de pagamento. Tudo porque alguns não são descontados os 26 mil kwanzas mensais por serem chefes.

Fonte: Club-k.net


As 92 residências de T3 e T4 construídas pela empresa de construção REVESCOR com duração de 36 meses, entregue em 2010, teve um critério de selecção menos claro por beneficiar apenas militantes do MPLA.

Os critérios de aderência tinham como primeira condição ser funcionário público e que todos deviam ser descontados 26 mil kwanzas/mês durante 20 anos junto do Banco de Poupança e Credito.

Terminadas as obras os seleccionados deram entrada ao condomínio da Juventude, volvidos dois anos alguns moradores foram informados que nem todos que ali habitam são descontados os tais valores pelo BPC, por influência do partido no poder (MPLA).

Assim apontam o actual 1º secretário provincial da JMPLA, Bartolomeu Kativa, então presidente do Conselho Provincial da Juventude, Francisco Tchicolomuenho Numbi, seu adjunto, actual director pedagógico da Escola de Formação de Professores, Joaquim Barbante Tyova, 2º secretário provincial da JMPLA e actual presidente do Conselho Provincial da Juventude, Desidério da Graça, na altura 1º secretário provincial da JMPLA, actual deputado do MPLA pelo circulo provincial e outros do governo muitos dos quais como Bartolomeu Cativa passou a casa que lhe deram em nome de João Evangelista Ulombe por ter já uma no condomínio do governo.

Outros como Desidério da Graça, indicou alguém para poder cuidar da casa. Já Francisco Tchicolomuenho a casa está passada em seu nome, mais não liga facto que nos leva a concluir que tal comportamento deve-se porque não sente o desconto de 26 kwanzas mensais.

Miguel Costa, professor de profissão, é um dos tantos moradores que enfrentam tal realidade de serem descontados 26 mil kwanzas/mensais durante 20 anos, isto é, 240 meses que somarão perto de 6240.000.00 (equivalente a 62.400 dólares norte-americanos). “Se a lei é para todos não entendemos porquê que alguns pagam outros não?”, questionou um dos moradores.

Carlos Pedro diz que tal informação foi dada por vizinhos que dominam o dossier desde o apuramento e a canalização dos documentos no Banco. Uma fonte bancária revelou a este portal que tal facto corresponde a realidade.

De recordar que, a primeira pedra de construção do referido condomínio foi feita pelo ministro da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, ladeado pelo então governador da Huíla, e actual deputado pelo círculo nacional do MPLA, Francisco Ramos da Cruz.