Brasil - Mesmo não estando no território nacional, fazendo o uso de qualquer um desses serviços que administração pública angolana nunca tem controle e competência para regular, empresto meus ouvidos aos clientes da UNITEL.
Fonte: NeloDeCarvalho/facebook
Afinal, nada impede que indiretamente eu também seja uma vítima dos serviços incompetentes de empresas apadrinhadas pelo esquema de corrupção que assola o país. Mesmo porque tenho familiares que ligam para mim com frequência, e a reclamação aqui procede e vale.
Numa nação em que regulação Estatal só cai na cabeça de pessoas indefesas, é basta ver que quando alguém constrói o seu habitar no lugar errado o camartelo aparece logo, mesmo sem a existência de um processo jurídico. E quando surge uma suposta ordem jurídica, seu autor está envolvido a até o tutano com procedimentos e métodos que caracterizam corrupção e burla ao cidadão.
Nesta nação devemos suspeitar, desconfiar de tudo e termos os olhos abertos, principalmente, dos serviços vindo da iniciativa privada com a suposta qualidade cantada aos quatros ventos, e onde se vende a incompetência do poder público como o cancro do atraso que uma suposta sociedade capitalista moderna deve se livrar.
E se for em Angola, esse olho mesmo sendo vesgo não pode vacilar diante do tráfico de influência, da corrupção e do generalismo.
A suspeita de que ao longo dos trinta e oito anos de independência o patrimônio público em Angola tem sido transferido de bandeja a uma classe de indivíduos privilegiados é cada vez mais convincente na mentalidade dos formadores de opinião deste país (Angola); mesmo quando a parte acusada ( o Estado, o Governo e o sistema todo por aí) vive alegando as supostas faltas de provas. O que para nós, vindo de estas instituições é um absurdo. Afinal, pensamos nós que qualquer suspeitas, ainda sendo boatos - já dissemos aqui várias vezes- não deveriam ser blindadas pelo poder público como se tem feito ao longo desses anos. Personalidades e personagens vivem em função de serem blindadas pelos atos que cometem. Esse sempre foi o papel do estado angolano, existe, simplesmente, para proteger o egocentrismo, o oportunismo, o guerrelherismo (alusão aqueles que combateram o colonialismos português) e ambição cega e sem limites dos representantes do poder e de seus protegidos. O Estado angolano existe, meramente, para proteger os desmandos de quem se sente intocável diante da lei, da ética e dos bons costumes.
Se falar de lei aqui nos parece difícil para argumentar qualquer prova e chegar a uma acusação; é da ética e dos bons costumes, que transformaram a turma dos impunes em entidade livres e irreconhecíveis diante do sistema jurídico e legal, que nascem as suspeitas de corrupção, que jamais deveriam ser ignoradas, por quem tem obrigação e dever de investigar as mesmas. As evidências, que nunca faltam, só não levam a investigações policiais e jurídicas, porque o sistema todo é corrompido; ou, então, porque as instituições não funcionam para um regime que se diz galgar em democracia.
Em Angola nunca se chega a um corrupto. Porque não existem, nos órgãos do Estado um departamento ou instituição que investigue a corrupção; e quando supostamente existem não passam de adornos que têm, às vezes, duas funções: Fingir que o Estado existe para solucionar aquele problema; e, em última estância, perseguir desafetos ao sistema que aí está.
A prova desse tipo de departamento ou instituição é a própria Procuradoria Geral da República; ela existe mais como um circo diante de todo cenário de corrupção e escândalo. A PGR em Angola está mais para proteger o que tem de desordem aí e sair atrás, de maneira desavergonhada, de quem reclama. Esta instituição não possui poder investigativo, poder jurisdicional e até mesmo soberania para investigar a corrupção como pensamos aqui: Aquela que vem dentro do próprio Estado, que tem como autor fundamental, os agentes do Estado e os protegidos destes. Só protege quem tem poder! E as leis em Angola não servem para este tipo de gente.
A corrupção em Angola é cultural e endêmica, porque vem dentro do próprio Estado, é promovida por este e ignorada por todas as instituições que compõem o mesmo. E para piorar é tida como um mal menor e merecedor.
Mal menor, porque alegam os acusados ( o Estado corrompido, seus representantes e o Governo) que melhor ela do que a guerra; e que diante desta não teríamos como combater a mesma. Nós dissemos aqui: que isto é mentira! E que a corrupção é tão ruim quanto a própria guerra, e isso é quando não for o motivo de se produzir uma guerra. De que a corrupção não originou a guerra, esta tem outros motivos, concordamos. Mas a guerra em circunstâncias demonstrável foi prolongada e usada, e até hoje é usada, para fomentar a corrupção e tornar a mesma um caso generalizado. E perdoável! O que não aceitamos.
A corrupção é tida como um fenômeno merecedor nos bastidor do poder, porque se alega, que as facilidades ofertadas pelo poder público a certos personagens, ser uma espécie de moeda de troca para aqueles que andaram fazendo a guerra. Nós respondemos aqui: que isto é insano, macabro e inadmissível!
Por outro lado, se usa o pretexto conformista de que em toda parte há corrupção. É verdade! Mas em todas as partes se combate à corrupção. Isso não acontece em Angola. E se em toda parte há, isso não constitui justificação para que os angolanos adotem isso como uma cultura.
A corrupção em Angola é de tamanha característica que não seria só os procedimentos legais e jurídicos a detectar a mesma.
E de onde se revelam as provas da corrupção para quem fez do poder a fonte de riqueza em milhões de dólares, que a PGR deveria saber ir atrás? Da insensatez moral e ética daqueles que se sentem privilegiados. O que seria mais do que suficiente para se investigar crimes. Mas esta gente goza de impunidade absoluta, que jamais angolano algum na Terra tenha usufruído.
Alegações de que provas são precisas, diante de tantas evidências. Constituem provas de que somos administrados por um estado incompetente e corrupto, que não faz questão de saber separar o que é boato de verdade e o que é verdade. E evidências é que nunca faltam, numa Angola martirizada não só pela guerra, mas também pela arbitrariedade dos militares que sempre se sentiram em cima do poder; martirizada pelos mesmos procedimentos de sempre, vindo das mesmas pessoas.
O que estou querendo dizer? Em Angola, até nomes são evidências fatíveis e plausíveis para se ir atrás de provas, de vandalismos e corrupção que ajudariam a por certos personagem longe do poder público, de preferência numa cadeia.
Se a Procuradoria Geral da República funciona e existe assim, imaginemos agora uma Agência Reguladora que deveria regular os serviços da UNITEL e da Movitel. Uma agência reguladora –fazendo alusão aos poderes jurídico que não tem- é uma simples autarquia que deveria ter como função de regular as empresas privadas e até públicas dos serviços que as mesmas oferecem a população. E diante de qualquer irregularidade administrativa, encaminharia tudo a justiça.
Se existisse uma instituição desse tipo, séria, que regulasse os serviços de comunicação e telecomunicação em Angola, a primeira pergunta que deveríamos fazer na mesma é: Por que uma e outra empresa ( Movitel e UNITEL) são empresas monopólios e de propriedade das mesmas famílias? Por que não se abre o mercado de telecomunicações para empresas estrangeiras, que ofereceriam ao país não só eficiência no atendimento aos serviços a população, mas incluso tecnologia e emprego.
Ou será que só a Tchizé e a Isabel dos Santos são as únicas que têm capacidade e competência de oferecer empregos?
Com relação a esta última faltou dizer que do aprendizado prematuro no mundo dos negócios, aos seis anos de idade, que incluía a venda de ovos – com certeza-, neste aprendizado também estava o engano aos seus clientes.