Para este observador angolano, o facto de Angola estar em paz e com um relativo crescimento económico vai contar muito para a política dos EUA nesta fase pós-conflito.

«A política americana não vai alterar até porque os interesses americanos em Angola, para além do petróleo, estão também interesses de ordem política. Os EUA poderão manter a mesma relação com Angola por causa da importância política e económica que Angola tem na sub-região e, portanto, será sempre um aliado dos EUA.»

Em relação à África no seu todo, Justino Pinto de Andrade diz que a política externa americana não depende muito da origem do presidente mas dos interesses do próprio país.

Ele admite que os EUA têm estado a reconhecer o continente africano pela importância das suas riquezas naturais como é o caso de petróleo, mas sublinha que Barack Obama tem condições morais e psicológicas para colher e dar maior atenção ao continente «sobretudo para a sua estabilização».

Quanto à intenção americana da criação de uma força africana de apoio à paz no quadro do projecto «Africom», Pinto de Andrade estima igualmente que sendo o objectivo desta força a defesa dos países contra o terrorismo Obama não poderá operar quaisquer mudanças, visando alterar esta intenção americana.
 
Fonte: VOA