COMUNICADO

Luanda – O Conselho Directivo (CD) da ADRA, sob liderança do seu presidente, reuniu-se em sessão ordinária aos 25 de Maio de 2013: analisou o contexto do país quanto aos efeitos da seca, dinâmicas da sociedade civil e da governação; fez o ponto de situação sobre a aquisição do estatuto de utilidade pública para a ADRA, aprovou a admissão de novos membros e tomou conhecimento das acções e processos dos seus Órgãos Executivos e da participação do Presidente do CD em dois seminários sobre “Sociedade Civil em Angola e o seu papel e influência nas instituições do Estado, no contexto dos imensos recursos naturais à disposição do Governo de Angola”, eventos organizados pelo Grupo África da Suécia (GAS) em parceria com o NAI - Nordic África Instituto.

Sobre os efeitos da seca e estiagem no Sul de Angola, o Conselho Directivo da ADRA deplora a situação de emergência em que as populações estão expostas, e lamenta o facto de não se ter tomando em conta os alertas lançados há mais de um ano por líderes religiosos e Organizações da Sociedade Civil (OSC) no sul de Angola.


Os efeitos da seca e da estiagem fazem-se sentir de múltiplas e diferenciadas formas nos agricultores e criadores de gado; nas mulheres, crianças, jovens e idosos; no mercado de alimentos; no sistema de saúde e de educação escolar. Assim sendo, a distribuição de alimentos às populações deve ser tão-somente uma das variadas respostas requeridas.


Neste sentido, o CD da ADRA está aberto a partilhar a experiência da organização no que diz respeito à promoção de culturas agrícolas alternativas e resistentes à seca e de comercialização e a transferência de subsídios financeiros às populações – em particular aos grupos mais vulneráveis – feita em parceria com o MINARS e o UNICEF, ao nível local (municípios e províncias) no Sul de Angola.


A região semiárida do sul de Angola é ecologicamente frágil com ocorrências de secas cíclicas. Visto deste modo, a questão central estará na prevenção dos efeitos da seca; numa planificação local proactiva, regional ou nacional, que tome em conta a probabilidade de secas e estiagens e os mecanismos endógenos de maneio que as populações desenvolveram ao longo dos séculos, ao lidar com esta realidade ambiental.


Numa outra vertente não menos importante, o Conselho Directivo da ADRA lamenta que, depois das experiências menos bem-sucedidas em algumas províncias no passado, se insista no método de desalojamentos forçados das populações em zonas suburbanas e fora do quadro estabelecido pela lei vigente, sem diálogo antecipado com as populações e sem que estejam criadas condições alternativas de habitação.


Conselho Directivo da ADRA
A PROMOVER A PAZ E O DESENVOLVIMENTO RURAL