Feita durante uma conferência realizada nos dias 3 e 4 de Novembro em Joanesburgo (África do Sul), a denúncia de Fernando Macedo, que á uma verdade verdadeira, tem, quanto a mim, razão de ser. E quem disso tiver dúvidas que se levante e, desde que não tenha telhado de vidros, atire a primeira pedra.

Durante a sua alocução, Fernando Macedo falou da obrigação que o Governo angolano tem de auscultar as Organizações da Sociedade Civil (OSC) (coisa que não faz) no que àvida pública da Nação diz respeito.

Tenho consciência que, em decorrência da amizade e irmandade que me liga ao primogénito do escritor Jorge Macedo, sou suspeito para dizer que a acusaçao de Fernando Macedo tem toda (e mais alguma) razão de ser.

Mas apesar da suspeio que poder pairar sobre a minha afirmação, sou, em nome da honestidade intelectual e coerência, forçado a dizer que Fernando Macedo no só tem razão como diz alto e bom som o que a maioria dos angolanos pensa em silêncio.

Fernando Macedo não é, felizmente, daqueles angolanos que fica de boca calada cá dentro e de boca aberta no estrangeiro. Não, Fernando Macedo diz o que tem que dizer quando e onde lhe apetece. Quer seja cá dentro ou fora do País. E só o faz por não ter rabo de palha.

Fernando Macedo tem razão naquilo que diz e eu cauciono. Por exemplo, penso (quiçá erradamente) que marginalizar quadros com experiências técnicas e intelectuais demonstradas, da Função Pública por não militarem no MPLA (ou ainda na UNITA), sim senhor, é um método sofisticado de violar os Direitos Humanos.

Penso (quiçá erradamente) que quando a um cidadão é negado o crédito bancário por não militar no MPLA (ou ainda na UNITA), sim senhor, é um método sofisticado de violar os Direitos Humanos.

Aí estão dois exemplos que podem sustentar a acusação feita pelo neto da velha Marica Faria.

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Fonte: NL