Lunda Norte – O líder da UNITA, Isaías Samakuva que se encontra em digressão na Lunda Norte esteve este domingo 7 de Julho de 2013, na região diamantífera de Kafunfo, com o objectivo de transmitir solidariedade do seu Partido às mulheres da região, que têm sido vítimas de assassinatos seguidos de extracção de órgãos genitais para práticas de feitiçaria.

Fonte: Unita

“Nós passamos aqui essencialmente em solidariedade com as nossas mamãs”, explicou Samakuva, acrescentando que “ouvimos que estão a ser mortas por uma questão da riqueza que é todo o povo.

Falando para milhares de cidadãos que o receberam numa magnífica manifestação de júbilo, Isaías Samakuva insurgiu-se contra essa prática criminosa e o que chamou de indiferença das autoridades governamentais.

“Não podemos permitir que essas mortes continuem. Também não podemos permitir que as autoridades governamentais que devem garantir segurança ao povo estejam indiferentes a uma situação dessas”, afirmou o mais alto dirigente da UNITA, recordando ser “responsabilidade do governo garantir segurança a todos os cidadãos”.

De acordo com o líder da UNITA, “se as mulheres estão a ser mortas já alguns anos e não vemos nada a ser feito pelas nossas autoridades, nós estamos solidários com as nossas mamãs”.

Na ocasião, o Presidente Samakuva relacionou a insegurança que se verifica no país com a incapacidade do executivo de José Eduardo dos Santos de cumprir as promessas que fez por altura das eleições de 31 de Agosto de 2012.

“Nós estamos a ver o que aconteceu aqui no Kafunfo, em Luanda desapareceram Kamulingui e Kassule há um ano e o governo não é capaz de dizer onde estão estes nossos compatriotas, há um mês foram abatidos os nossos colegas nas suas casas a meio da noite e o governo não diz quem matou”, afirmou, exemplificando em outros países os criminosos podem estar a monte durante anos mas aparecem, aqui nunca aparecem.

“Temos o caso do Presidente Mfulumpinga que fez mais um ano no dia 2 de Julho, desde que foi abatido em plena cidade de Luanda e até hoje o governo não é capaz de nos dizer quem são os assassinos”, recordou Isaías Samakuva, acusando o executivo angolano de incapaz de encontrar os criminosos, apesar do aparato de forças de segurança que tem.

Segundo o líder da maior força da oposição em Angola, um governo que não é capaz de resolver os problemas do povo nem garantir segurança aos seus cidadãos, deve sair.