Benguela - A originalidade da Revolução Francesa no longínquo ano de 1789 ,a tríplice arma: a liberdade, igualdade e fraternidade que estremeceu/abalou/destruiu o poder absoluto do rei. Este foi degolado na praça pública. Nem tudo foi um mar maravilhoso,França levou algum tempo para que fosse uma "república". Todos sabemos que não há liberdade absoluta ou seja o sonho da liberdade é permanente e infindável. Se aterrarmos aos manuais de História, encontraremos intermináveis listas e acontecimentos cujo pano de fundo foi o pretexto ou intenção real de liberdade.

Fonte: Club-k.net

Angola e os angolanos também escreveram páginas da luta pela liberdade. É indiscutível que a conquistámos com calor/sangue/suor e ideologia. A independência foi/é uma Victória do «povo especial”. Em 1975, a independência politica e o sistema politico que optamos ( « não sei, se também foi-nos imposto tal como a democracia»!).A verdade é que os Direitos Fundamentais na sua generalidade foram proibidos/adiados.


Em 1992, novo ar sobrevoou o nosso território trazendo o Estado de Democrático e Direito arrastando de liberdade de expressão e as suas limitações da constituição e da lei. Neste exercício os órgãos e as pessoas não estavam preparados nem sequer tinham aprendido. Por isso ao longo dos anos ( e em todos os momentos da nossa vida colectiva), assistimos mortes "na via pública" de pessoas que depositaram fé na liberdade, desde políticos (até militantes dos mesmos partidos) aos jornalistas “independentes”, Mfulumpinga N'Lando Victor e Ricardo de Mello…

Nos dias de hoje fala-se com a alguma frequência e oficialmente ninguém desmente. Que a maioria das instituições públicas e privadas são mártires da liberdade. Deixam-se “telecomandar” aos caprichos das ordens superiores. Quase boa parte das pessoas estão presas andando. A comunicação social no geral confunde linha editorial com vontade/medo do chefe ou “autocensura com censura”. Ó mártir da liberdade! Antigamente os nossos mais velhos lutaram na clandestinidade, porque o regime colonial opressor não perdoava nem tolerava o motivo da sua luta. Actualmente muitos "nacionalistas" adoptaram este método, as razões são sabiamente conhecidas. Através da internet principalmente nas redes sociais, anónimas/conhecidos fomentando/implementando a sua “Oposição.”

Não é a liberdade de locomoção/comer/estudar/construir … A liberdade que nos preocupa é de falar/noticiar/conversar/debater com responsabilidade sendo o limite a Constituição e lei.

«Exercitar a liberdade é tornar-se mártir, o contrário é tornar-se prisioneiro vadio»
Cidadão Angolano