Luanda – Organizações da sociedade civil angolana, estão em vias de enviar uma nota de protesto ao Ministro das relações exteriores George Chicoty questionando o uso de passaporte diplomático por parte de elementos que nunca pertenceram  as estruturas governamentais ou estatais.

Fonte: Club-k.net

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De entre a lista de elementos alheios ao Estado angolano que dispõe do referido documento de viagem consta o nome do director executivo da agencia privada Semba Comunicação, Sérgio Valentim Melo Neto e de uma ex-responsável pela área das finanças da referida empresa privada de nome Stela Cabral.

No total, as autoridades angolanas facultaram passaportes diplomáticos a quatro responsáveis da empresa privada dos filhos do Presidente José Eduardo dos Santos.

Stela Cabral que se diz ser angolana nascida em Portugal e o director Sérgio Valentim Neto dispõem igualmente de nacionalidade portuguesa. Num passado recente, o director executivo da Semba esteve com a sua saída interditada em Portugal, no seguimento de uma queixa de um caso de Bigamia movido por uma ex- conjugue. Entretanto, as autoridades judicias portuguesas ignoraram a sua condição de diplomata considerando  a segunda nacionalidade que é a  portuguesa.

As Organizações da sociedade civil que levantaram o assunto, tencionam questionar ao ministro George Chicoty em que condições foi passado passaporte diplomático para funcionários da Semba Comunicação que é uma agencia dos filhos do Presidente da República. Há, entretanto,  fortes suspeitas que tenha sido o ex- ministro da comunicação social Manuel Rabelais que tenha solicitado os referidos passaportes como se tratassem de funcionários do gabinete (GRECIMA) que dirige da Presidência da República com quem a Semba Comunicação trabalha. A conclusão é apoiada no antecedente de ter igualmente usado o mesmo recurso para facilitar ao uso de passaportes diplomáticos a elementos do seu gabinete, responsável pela imagem do regime.

O uso de passaportes diplomáticos em Angola é da exclusividade de governantes, deputados, magistrados (e seus conjugues ) que foram ou fazem parte do executivo angolano. Os oficias generais e alguns PCA de empresas como Sonangol e Endiama também beneficiam do referido passaporte.