Lisboa – O ministro do Interior angolano lembrou nesta terça-feira, 13, que há "investimentos significativos" angolanos em Portugal, mas que "nem sempre são bem entendidos". Ângelo de Barros Veiga Tavares falava durante uma visita conjunta com o homólogo português, Miguel Macedo, à área internacional do Aeroporto de Lisboa, onde inauguraram um sistema de agilização de procedimentos de controlo de fronteira entre Portugal e Angola.

Fonte: Lusa
Ao destacar as vantagens deste novo sistema, que inclui procedimentos técnicos mais rápidos para autorizar a circulação de pessoas entre Portugal e Angola, o governante lembrou que "embora simbólico", a sua inauguração vai em conta dos interesses de "vários cidadãos angolanos e portugueses que, por diversos motivos" viajam entre os dois países.

"Saúde, lazer, trocas culturais e também investimentos - que hoje ao contrário de ontem já se fazem nos dois sentidos. Hoje já registamos investimentos angolanos em Portugal, embora nem sempre bem entendidos, mas significativos (...)", afirmou o ministro angolano.

O projeto-piloto, hoje inaugurado, está a ser desenvolvido entre o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e o Serviço de Migração e Estrangeiros de Angola, com o objetivo de "facilitar a circulação de cidadãos portugueses em Angola e angolanos em Portugal, em condições de segurança para os dois Estados", segundo uma nota do MAI.

Este sistema já funciona no aeroporto da Portela, em Lisboa, e será brevemente implementado também no aeroporto Sá Carneiro, no Porto.
Ângelo de Barros Veiga Tavares garantiu que Luanda "tudo fará" para implementar "quanto antes" os procedimentos necessários para que os portugueses também possam usufruir, em Angola, das mesmas condições."Faremos tudo para corresponder as expectativas hoje criadas", afirmou, garantindo que no aeroporto internacional de Luanda, que ainda se encontra em obras, esse novo sistema será implementado o "quanto antes".

O acordo que estabelece o Mecanismo de Agilização de Procedimentos de controlo de fronteira entre os dois países foi assinado hoje pelo diretor português do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Manuel Jarmela Palos, e o diretor angolano do Serviço de Migração e Estrangeiros e Fronteiras, Luis Gouveia.

Durante a visita, que foi precedida por uma reunião de trabalho, Ângelo de Barros Veiga Tavares e Miguel Macedo destacaram a "rapidez" e o "forte empenho" na concretização deste "ambicioso projeto" e adiantaram que o objetivo passa por, num futuro próximo, implementar esse tipo de sistema noutros países do bloco lusófono, sem, contudo, adiantar mais pormenores.