Uma parte significativa insurgiu-se sobretudo contra as alegações atribuídas ao primeiro secretário provincial do MPLA, Bento Bento,  responsabilizando a UNITA dos buracos nas estradas, danificação das obras em curso e elevada presença da “zungueira (desenrascada comerciante ambulante)” nas ruas da capital.

A seu ver, trata-se de uma «diabolização do adversário que já não se coaduna com os tempos actuais», muito menos, no dia em que se celebrou a paz assinada a 4 de Abril de 2002.

«É preciso ter cuidado porque nas eleições de Setembro, o povo não vai dar rebuçados», avisou um dos ouvintes alertando sobre a derrota dos partidos governantes no Quénia e Zimbabwe.

Mesmo o padre Luís Cojimbi, moderador habitual do debate, partilhou a reprovação geral expressa pelos ouvintes que telefonaram hoje à emissora católica.

O sacerdote pediu, contudo, a ponderação, salientando  que os citados discursos não saíram da voz do próprio presidente da república.

Aconselhou, afinal, uma melhor selecção e preparação dos quadros  a delegar pelo partido governante em actos do género.


Fonte: Apostolado