Luanda – O conhecido causídico angolano prevê nos próximos dias intentar um processo-crime contra o ministério das Relações Exteriores por ter “supostamente” posto em causa o seu bom nome. Em entrevista telefónica a este portal informativo, David Mendes desmente categoricamente as informações “premeditadas” divulgadas pelos órgãos de comunicação social estatais, sobre a improcedência de uma “fictícia” queixa apresentada por este junto a Comissão dos Direitos Humanos e dos Povos da União Africana.

Fonte: Club-k.net
Nesta quarta-feira, 28, o ministério das Relações Exteriores (MIREX), liderado por Jorge Chicoty, distribuiu uma nota de imprensa – somente à imprensa estatal – com informações falaciosas, no sentido de pôr em causa o bom nome do causídico.

Em reacção, David Mendes garante que “o MIREX, além de manipular a informação, faltou com a verdade para descredibilizar a minha pessoa e a minha actividade como advogado”. Acrescentando que a versão original do referido documento, em língua inglesa, – apresentado pela Comissão dos Direitos Humanos e dos Povos da União Africana – nem faz, em momento nenhum, menção da história fabricada por esta instituição.

A nossa fonte assegura que “por ter manipulado a informação e por ter posto em causa o meu bom nome e reputação, usado da garantia constitucional constante do n.º1 do artigo32º da Constituição, não me resta outro caminho que não seja responsabilizar civilmente o Estado angolano, nos termos do artigo 75º da Constituição da República de Angola, por danos morais sofridos”.

No entanto, o causídico salienta que não é, e nunca foi, o autor da queixa apresentada junto a referida Comissão da União Africana. “A queixa foi apresentada pelo Centro para os Direitos Humanos da Universidade de Pretória, África do Sul, e é da inteira responsabilidade”, esclareceu, rematando que a referida queixa foi apresentada após os ataques contra propriedade sua e da associação Mãos Livres, concluindo as constantes ameaças (de morte) contra si e a sua família.

O Club K faz questão de anexar a suposta “versão manipulada” pelo ministério das Relações Estrangeiras, em vídeo, para que o caro leitor tire as suas próprias ilações.