Lisboa – Baptista Muhongo Sumbe, um notabilizado administrador da Sonangol deixou a petrolífera angolana no seguimento de um clima de hostilização a que vinha sendo vitima acrescido a um episódio que o levou a se incompatibilizar com uma administradora Raquel Vunge.

Fonte: Club-k.net

2- Formado em economia, Baptista Sumbe é tido como um dos quadros a quem Manuel Domingos Vicente, fazia gosto de ve -lo substituir na liderança da petrolífera estatal. Raquel Vunge, por sua vez entrou como administradora, no ano passado, por sugestão do PCA, Francisco Lemos Maria, logo após a saída de Vicente.

3- Ambos (Baptista e Raquel) terão tido posições contrarias na sequencia de uma proposta que levaria a Sonangol comprar 7% do capital da Pumangol, uma empresa privada de distribuição combustível conotada ao trio presidencial (Manuel Vicente, Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa” e Leopoldino do Nascimento “Dino”).

4- Antes porém, Baptista e o PCA, Francisco Lemos Maria que tem uma relação familiar (são cunhados) viram as suas relações a se deteriorar. Ao administrador Baptista Sumbe foi lhe retirado paulatinamente o poder que tinha junto de algumas subsidiárias ao qual acompanhava e em seu lugar o PCA, Francisco Lemos Maria colocou (no caso da Shipping), Ana Bela Fonseca.

5- Apercebendo-se que o PCA, Lemos Maria estaria a efectuar propostas de alteração do Conselho de Administração para levar ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, o administrador Baptista Sumbe moveu-se pela antecipação demonstrando indisponibilidade em continuar tendo de seguida rumado para Portugal. Regressou a Luanda, no 1 de Setembro e prevê entrar em retiro por 60 dias.

6- Raquel Vunge, a favorita do PCA, Lemos Maria viu-se igualmente exonerada do cargo de administradora cumprindo um mandato de apenas 12 meses. Foram igualmente afastados outros administradores Mateus Morais de Brito e Sebastião Gaspar Martins por alegadamente terem já cumprido vários mandatos.