Lisboa - Notada em José Eduardo dos Santos (JES), uma conduta consubstanciada no esvaziamento de poder e  influencia económica, de Manuel Domingos Vicente que se estende para em diversas esferas , a si, conotadas.

Fonte: Club-k.net

JES, segundo observações terá levado a cabo acções entendidas como movimentações de enfraquecimento do antigo patrão da Sonangol, no sector econômico. 

A saber:

- Exonerou recentemente, a margem do Conselho de Ministro,  um grupo de administradores da Sonangol, conotados a Manuel Vicente, ao qual se destaca o economista Baptista Muhongo Sumbe.

- Deu luz verde, a Sonangol para comprar a parte das acções de Manuel Vicente, na empresa privada de distribuição de combustível, Pumangol

- Autorizou igualmente a Sonangol para comprar a parte da participação de Manuel Vicente, na empresa  Nazaki, que tem num bloco de exploração petrolífera. (A aquisição de 15% do bloco 21-09 será feita pela Sonangol Pesquisa e Produção, subsidiária da petrolífera estatal)

- Em Maio passado, exonerou Fernando da Fonseca do cargo de Ministro da Construção, sem comunicar previamente   Manuel Vicente. (Fernando da Fonseca é um quadro originário da Sonangol, da confiança do Vice- Presidente).

- Carlos Silva, PCA do Banco angolano do Atlântico (BPA), que é homem de confiança de MV, esta em vias de ser afastado do cargo. A Sonangol detém acções no BPA.

- Há ventilações apontando pretensões de afastamento do governador do BNA, José de Lima Massano, igualmente conotado ao Vice- Presidente Manuel Vicente. Massano é também oriundo da petrolífera estatal.

3 - O enfraquecimento que se observa em torno de Manuel Vicente é alimentado por diversas versões. De entre todas, a que mais se estima é que tais acções reflectem a um “forcing” destinado a abrir caminho para o filho, José Filomeno dos Santos “Zenú”. Este também terá se distanciado de Manuel Vicente.


 Existe a percepção de que JES entende que Manuel Vicente com o poder económico enfraquecido lhe garantiria mais segurança e fidelidade como um delfim, numa eventual sucessão. JES, face a fatiga que a natureza lhe impõe, tenciona ficar na presidência do partido enquanto que o seu substituto (Manuel Vicente ou “Zenú”), permaneçam na Presidência da República. Em conformidade com o cenário constitucional e político, é o Presidente do Partido que manda no Presidente da República. O “cabeça de lista” as eleições gerais e os respectivos deputados são escolhidos pelo presidente do partido a que pertencem.