Paris – O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, anunciou nesta sexta-feira, 06, em Luanda, durante o programa radiofónico “Angola fala só” da Voz de América, a suspensão do então secretário-geral da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), Nfuka Fuakaka Muzemba, eleito democraticamente no II congresso ordinário desta organização juvenil partidária realizada em Julho de 2010.  

Fonte: Club-k.net
Segundo o líder do maior partido da oposição angolana, Nfuka Muzemba é afastado de exercer todos os cargos que ostentava dentro daquela organização juvenil, tal como na UNITA, nos próximos dois anos.

A decisão do afastamento de Muzemba nas “passarelas política do Galo Negro” tivera sido tomada durante a última reunião da Comissão Permanente da UNITA realizada em Luanda, sob proposta do Conselho Nacional de Jurisdição, que apresentou o seu relatório sobre o caso ao órgão daquela direcção.

“Relativamente ao relatório do Conselho Nacional de Jurisdição sobre o caso Nfuka, o Conselho Nacional de Jurisdição confirmou o relatório prestado pela Comissão de Sindicância criada para o efeito e propunha ao Comité Permanente uma sanção de 24 meses de suspensão do mesmo”, explicou Raúl Danda, porta-voz da reunião.

O mesmo esclareceu ainda que “o Comité Permanente tomou a deliberação de suspender o das suas funções de secretário-geral da JURA, da direcção do partido, continuando somente a ser deputado à Assembleia Nacional”.


De acordo com o mesmo, o conselho nacional de Jurisdição deste partido tivera comprovado  as inúmeras acusações que pesavam contra o jovem deputado da Assembleia Nacional.

Este soube, que este conselho conseguiu somente provar “a solicitação de visto à embaixada de Portugal” feita pelo mesmo para cidadãos estrangeiros em nome da UNITA. 

De realçar que o também ex-secretário-geral da UNITA, Abilio Kamalata Numa criticou severamente – em entrevista a revista Figuras & Negócios – a maneira como a  investigação foi conduzida.  

“Eu estou aqui mesmo para dizer que este é um erro que nós teremos que reparar. Há presunção de inocência e o Nfuka, antes de se provar do que é acusado, ele é inocente. Portanto, aqui nós temos de dizer sem curvas que nós, como direcção erramos. Não deveríamos vir a público e explicitar como fizemos naquela deliberação”, frisou.