Luanda - O veterano Jornalista Graça Campos, co-fundador do jornal Semanário Angolense, anunciou, para o próximo ano, o seu regresso ao jornalismo activo. A informação, que ficou nas entrelinhas de uma comunicação de agradecimento pelas felicitações por ocasião do seu aniversario natalício, é revelada três anos depois do mesmo se ter afastado das redacções de jornais, logo após a venda da publicação que dirigia.

*Adriano de Sousa
Fonte: RD Reporter

“A todos os meus amigos reitero agradecimentos por se haverem lembrado desta pobre alma. E só não os desafio para um funge de carne seca de pacaça com a competente muteta por razões de...Estado. Mas para o ano, altura em que já deverei ter assento em alguma Redacção, prometo-vos um funge de arromba”, lê no texto publicado no seu mural de Facebook.

Graça Campos dirigiu o Semanário Angolense desde a sua fundação, em 2003, e “por razões alheias a sua vontade”, segundo palavras do próprio, teve de o vender em Junho de 2010 ao grupo empresarial MEDIA INVEST. Quanto ao seu futuro, Graça Campos numa entrevista concedida ao jornal O País, em Junho de 2010, revelou que não se revia nos jornais em circulação até aquela data. “No AGORA, Folha 8, Novo Jornal, O PAÍS e outros pode existir um lugar...No F8? A sabedoria popular diz que quem cai no mesmo buraco duas vezes é burro. E eu, juro-vos, não sou burro! Portanto, o F8 está fora de hipótese. O AGORA também está fora de hipótese. Idem para O PAÍS. Como não gosto de misturar carne com peixe também não iria para o Novo Jornal”, disse.

Na mesma entrevista, conduzida pelos jornalistas Dani Costa e Teixeira Cândido, o antigo director do Semanário Angolese, manifestou o seu desejo de criar e dirigir um jornal diário e por isso mesmo não descartou a possibilidade de “entrar” para o Jornal de Angola, mas apenas na condição de Director-geral “para lhe mudar completamente a face e o conteúdo”.