Lisboa – Pedro F J Lourenço (na foto), membro do comité nacional da JURA, é dentre os aspirantes ao cargo de Secretário-Geral desta organização juvenil, a quem personalidades do partido revelam inclinação em ve-lo na corrida de sucessão ao líder suspendo, Mfuka Muzemba.

Fonte: Club-k.net

2 - A direção da JURA, ainda não convocou o congresso mas correntes internas estimam dois cenários que seriam, a realização de um congresso antecipado para breve, ou de um previsto apenas para Junho de 2013, que é a data que o mandato de Mfuka Muzemba termina. Os Estatutos estabelecem que na ausência do SG, o seu adjunto pode assumir o cumprimento do mandato até a realização do congresso.

3- Não obstante, haver movimentações abertas de dois assumidos pré- candidatos (Lossaya Alicercers “Aly” e Altino Kapango), o jovem Pedro Lourenço é descrito como estando por “cima do muro” e ao mesmo tempo a mover influencia junto de uma ala tradicional conotada ao antigo SG da JURA, Liberty Chiaka.

4 - O facto de Pedro Lourenço ser de etnia Kimbundo, é visto por alguns observadores como uma vantagem para amortizar as acusações feitas a UNITA de que a deposição contra o ex- líder juvenil Mfuka Muzemba teve pendor tribal. Os outros aspirantes, a sucessão do cargo de SG da JURA, nasceram no sul do país, como é o caso do Pré- candidato Aly Alicerces cujas raízes proveem de Benguela.

5 - Lourenço, também conhecido como “Pepe”, é um jovem formado em engenharia no Brasil. Ele esteve prestes a concorrer no congresso da JURA de 2010. Teria recuado sob alegação de se fazer amadurecer e de se tornar mais conhecido internamente.

6- É muito próximo ao Secretário Adjunto da UNITA, em Luanda, Osvaldo Lourenço. Há também rumores de que seja um quadro da consideração das Deputadas Mihaela Webba e Albertina Ngolo, a actual SG em exercício da organização que fica impedida de concorrer devido a idade.

7 - Para além de fazer parte do Comité Nacional da JURA, o aspirante Pedro Lourenço faz parte do grupo de quadros da nova geração que ascendeu a comissão política do partido. Nas eleições de 2012, foi chamado para integrar um grupo restrito que assessorados por técnicos estrangeiros trabalhou, no aparelho do partido que acompanhou a forma como o regime teria manipulado a integridade do ficheiro eleitoral que facilitou a vitória do MPLA.

8 - Por outro lado, alega-se que para além dos apoios que esta a ter, o mesmo tem a seu desfavor a uma suposta “ausência na gestão do seu tempo” que lhe levaria a dedicar-se da organização, em caso de vitória, a tempo integral. O reparo, é sustentado nas suas constantes ausências para o interior por motivos da actividade laboral que exerce numa firma estrangeira a operar em Angola.