Namibe - Presiste o braco de ferro entre dois jornalistas da Imprensa Privada no Namibe e a Organizacao do campeonato de hoquei em patins ater lugar nesta provincia de 22 a 28 do mes em curso.

Fonte: VOA

Tratam/se dos profissionais da comunicacao social, correspondente da Rádio Despertar, Pedro Cafiele e o correspondente da Voz de América, Armando Chicoca, impedidos de exercer a sua profissão, na cobertura do Mundial de Hóquei em patins naquela cidade litoral sul de Angola por razoes ate aqui inexplicáveis.

 

O impedimento no credenciamento dos dois profissionais ao serviço da Voz de América e da Rádio Despertar, na manha desta quinta-feira, foi declarado por um oficial dos Serviços de Informação e Segurança do Estado “SISE”, presente naquele local, de nome Batamwa.

 

“Só farão cobertura do mundial de hóquei em Patins os jornalistas reconhecidos pelo Centro de Imprensa Aníbal de Melo”, disse o oficial da segurança.

 

Segundo dados disponíveis, Armando José Chicoca entrou para o mundo do jornalismo aos 18 anos, em 1978, tendo exercido a sua actividade na Rádio Namibe sob cadastramento 1332, durante longos anos, correspondente da Rádio Ecclesia a 11 anos, actualmente correspondente da Voz de América, Semanário Angolense, Semanário Agora e Semanário Folha 8, inscrito na Direcção Provincial do Namibe da comunicação Social.

 

Já foi brutalmente perseguido pelo regime, detido, 3 vezes julgado e condenado injustamente pelo facto de ter dado voz aos angolanos sem. O caso mais polémico foi sem sombra de dúvida a sua condenação por um ano de prisão, no pretérito dia 3 de Março de 2010 no caso de uma cozinheira que se queixou de assedio sexual por parte do juiz presidente do tribunal do Namibe.

 

Chicoca veio a ser solto 33 dias depois, pelo Supremo Tribunal, sob caução milionária de 2 mil dólares americanos, cujo recurso até a presente data encontra-se encalhado no naquela Instancia judicial.

 

A pretensão de fazer calar aquele profissional continua nos projectos das autoridades governamentais locais, bastando olhar para o caso da sua suspensão a correspondente da Rádio Ecclesia, que já leva 3 anos, sem processo, também sem o pagamento dos salários que tem direito, numa cabala entre o clero e homem do poder.

 

Um outro jornalista, também impedido de fazer cobertura numa das series deste mundial a disputar na cidade do Namibe, referindo-se a Francisco Cafiele, este exerce a sua actividade de jornalista a 5 anos, aos serviço da Rádio Despertar, na Província do Namibe.

 

Já foi ameaçado a morte na fase preparatória das eleições de 2012 por indivíduos ligados aos serviços de segurança do estado na província do Namibe. A queixa apresentada a policia não resultou em nada.

 

sua perspicaz e forma de fazer jornalismo incomoda o regime, que vê nele, um segundo Chicoca, portanto, também, alvo a bater. Lhe foi negado possibilidades de concorrer para os quadros da imprensa pública por ter negado pertencer a filiação partidária.

 

Pedro Cafiele e Armando Chicoca, são tidos como sendo indivíduos anti-patrioticos e discriminados por não partilharem com o princípio da censura nas suas peças que emitem aos órgãos de comunicação social a que trabalham.

 

Enquanto não estiverem credenciados e perseguidos por agentes de segurança admite-se que mesmo como cidadãos normais, a sua presença nas instalações desportiva poderá constituir-se num grande problema.

 

Um desafio vai para o Coordenador da Comissão Organizadora do Campeonato mundial de hóquei no Namibe, Narciso da Costa, que num prazo de 24 horas deverá provar contrario no meio de tudo isso, houve ou não intenções de excluir os profissionais nesta festa.