Nova Iorque – O vice-Presidente da República reconheceu na última sexta-feira, 27, na Assembleia Geral da ONU, que, "apesar de a economia estar no caminho certo", ainda "muito há a fazer para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio".

Fonte: Lusa
Manuel Vicente garantiu, na sessão de sexta-feira, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, que o Governo angolano está "consciente desse desafio" e "continua a desenvolver programas para reduzir as desigualdades sociais existentes".

Nas palavras do número dois de Angola, o país "vive actualmente um período de consolidação das suas instituições democráticas e do Estado de Direito", enquanto aposta na "consolidação da estabilidade macroeconómica", o que justifica a adesão ao "programa de países elegíveis a deixarem a categoria dos menos desenvolvidos".

No discurso, Manuel Vicente abordou ainda o estado da paz e segurança internacionais, manifestando "preocupação face à escalada de violência que está a ter lugar no Egipto" e à crise humanitária resultante do conflito na Síria.

Recordando o persistente conflito israelo-palestiniano, o responsável angolano manifestou apoio ao direito à autodeterminação do povo sarauí, instando Marrocos a negociar à mesa internacional, e classificou o bloqueio internacional a Cuba como "uma violação do Direito Internacional".

Saudando "a normalização legal e constitucional em alguns países africanos, que, após períodos de instabilidade, foram bem sucedidos na realização de eleições livres e justas", como o Mali, Manuel Vicente salientou também os "desenvolvimentos positivos" em países onde a "instabilidade se mantém", como é o caso da Guiné-Bissau. "Apelamos à comunidade internacional que apoie os esforços em curso nesses países para atingirem a paz e a estabilidade", disse.

"Reiteramos a importância de revitalizar o sistema das Nações Unidas, particularmente reformando o Conselho de Segurança, que deve reflectir uma representação justa de todas as regiões, aumentando o número de membros permanentes", sustentou, reafirmando a candidatura de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança, na eleição que terá lugar na próxima sessão da Assembleia Geral.