Montreal – A corrupção em África em geral e  em Angola em particular é a consequência do colonialismo português, resumiu o PGR de Angola João Maria de Sousa em entrevista a Lusa para recordar que a “permuta” definia o modo de vida dos africanos antes do colonialismo “chegar” em África.

Fonte: Club-k.net

Tolerância zero um fisco em Angola

 "A corrupção vem de fora" mas entrou até na casa do presidente, no parlamento dos deputados, e mora na  PGR  angolana", afirma paralelamente Elias Lourenço Chivangululano no artigo intitulado "CORRUPÇÃO SEM INVESTIGAÇÃO EM ANGOLA".

 O estudo conclusivo apresentado pelo PGR é uma tese cientificamente defendida e comungada na esfera do MPLA que  incumbiu ao Presidente angolano José Eduardo Dos Santos em transmitir esta “premissa/ resultados” ao povo angolano e ao mundo a cerca de 3 anos. Desde então em todos os discursos os rifões “pobreza em Angola é o resultado/consequências do colonialismo português” e democracia não enche barriga passaram a ser  as teses introdutórias e parágrafos de conclusão tornando-se assim símbolos e lemas do partido.

O “aborto” político de João Maria de Sousa, analiticamente ajudam a entender profundamente dois aspectos políticos do governo em Angola: Primeiro a sintonização de ideias existente entre membros do governo e José Eduardo dos Santos. O segundo aspecto nos ilumina porque até hoje nenhum membro da elite do governo fora condenado por corrupção ou tráfico de influência. Como se diz na gíria em política não existe coincidências de pensamentos num mesmo grupo.

Hora veja: A analogia de que todos os males em Angola “vem de fora” é um pretexto infundado e sem suporte científico. E nesta mesma analogia, tenho a seguinte contra-pergunta: A democracia instaurada em Angola - Atipismo - vem de aonde já que em nenhum país do mundo tem um modelo governamental misto (Monarca e presidencial).

Portanto, na mesma intervenção o PGR disse que “tínhamos uma forma primitiva de fazer comércio, de fazer trocas, que não permitia sequer a corrupção.” Só não disse que a divisão dos produtos cultivados era dividida equitativamente. E pergunto, estes princípios se foram aonde e porque?

Angola no seu todo em um país consumidor partindo do princípio que não cria. Não inventa e tão pouco inova. Resumindo, o modo de vida instaurado em Angola é no seu sentido lado influenciado pelos países do primeiro mundo. Estou a referir desde a tecnologia até aos produtos materiais.

E, em nenhum momento João Maria de Sousa se referiu que em países como Portugal ou Estados unidos, vários políticos de remonte já foram condenados por corrupção. Outros condenados inclusive por trafico de influencias.

Será que esta lição não eh possível ser copiada pelo PGR de Angola. O exemplo mais recente é na Itália aonde o ex-primeiro ministro Italiano Silvio Berlusconi foi sentenciado por tráfico de influência e prostituição.

É oportuno clarificar que o modelo político angolano não permite uma luta cerrada contra a corrupção. Tudo isto porque quer o poder judicial como económico é pertenca e gerido por uma mesma pessoa. Não podemos esperar que João Maria de Sousa como entidade máxima da PGR notifica judicialmente o presidente Angolano porque ele só ocupa esta posição porque foi escolhido pelo presidente.

E finalmente, nos países colonialistas os presidentes ou primeiro ministros não gozam de poderes acrescidos como o presidente em Angola e as comissões de fiscalização contra a corrupção são independentes no sentido geral. Quantos corruptos a comissão tolerância zero criado pelo presidente apresentou ate hoje?

E para concluir: As múltiplas denuncias feitas contra governantes angolanos e pares arquivados na PGR de Angola é também legado do colonialismo e consequentemente não existem evidencias palpáveis de corrupção em Angola. A título de exemplo é que em 32 anos no poder o MPLA nunca sentenciou pelo menos um governante por corrupção ou tráfico de influência.