Luanda – E surpreendente a ansiedade da chamada oposição política angolana de ouvir  a mensagem ah “Nação” de uma pessoa que logo após a proclamação dos resultados eleitorais resultantes da distribuição feita pelo MPLA considerava ter sido propulsada fraudulentamente a Presidente da Republica de Angola.

Fonte: Club-k.net
A oposição rejeitou em bloco os referidos resultados que considerou de escandalosamente fraudulentos e ameaçou não ir a Assembleia Nacional.

Numa viragem de 360º a dita oposição aceitou ocupar os seus assentos no Parlamento, prometendo levar a luta dentro das instituições oficiais do país, mas continuando a rejeitar a eleição de JES como Presidente da República e de Manuel Vicente como Vice-Presidente da República.

Hoje, como o apetite vem comendo, é esta dita oposição débil, venal, corrupta e incoerente é que se manifesta mais ansiosa de escutar e estudar o discurso de JES, de uma maneira que se confunde a um plebiscito de “deputados” ao poder do mesmo.

O MPLA e JES conhecem devidamente os pontos fracos desta dita oposição política angolana. É a história da raposa que temia o galo devido a sua crista que pensava ser fogo capaz de lhe queimar se aproximar-se dele. Mas um dia brincando, a mão da raposa tocou a crista do galo e esta descobriu que afinal era carne.

A partir daquele momento, o galo virou presa da raposa. A dita oposição política angolana é uma presa do MPLA e JES domesticaram os partidos políticos fazendo-os desaparecer ou calarem-se; até o Parlamento desapareceu, de igual modo a Sociedade Civil e as Igrejas.

Nem das autarquias falam mais, circunscrevendo as suas exigências em mendigarem benesses como viaturas de luxo, fortunas e moradias nas centralidades e nos condomínios, além de viagens de príncipes.

Foi o próprio JES que, em jeito de gozo, disse reconhecer que “nas actuais condições é inquestionável a importância da institucionalização do poder autárquico”.

“O Executivo está a implementar várias iniciativas, com vista a contribuir para a definição das políticas públicas relativas à administração local e autárquica e a criar as condições para apoiar a sua implementação” – fingiu afirmar, sem definir um calendário para o efeito.

JES que proferiu uma mensagem sobre o “Estado da Nação”, na abertura da II sessão legislativa da III legislatura da Assembleia Nacional, falou ainda cinicamente da seca que afecta segundo ele 14 das 18 Províncias de Angola, esquecendo que ignorou o sofrimento dos habitantes destas regiões preferindo esbanjar milhões de dólares na organização de um campeonato do Mundo em Hóquei em patins no país.

“A nossa economia foi afectada pela severa estiagem ocorrida ao longo de todo o ano de 2012 em 14 das 18 províncias do país”, reconheceu JES, afirmando que “um Plano Nacional de Combate a Seca e Desertificação e as várias campanhas de educação, sensibilização e consciencialização ambiental da cidadania foi aprovado”.

Segundo JES, “os angolanos estão a trabalhar seriamente para recuperar o tempo perdido durante a guerra, vencer as dificuldades e melhorar as condições em que vivem”, sem recordar a causa que mergulhou Angola numa guerra fratricida sangrenta, que eh a violação dos Acordos de Alvor pelo MPLA.

“Qui s’excuse, s’accuse” (Quem se desculpa, queixa-se). Quando JES se refere ao “crescimento e desenvolvimento social a diferentes velocidades de vários segmentos sociais seja uma política deliberada para perpetuar a injustiça social” reconhece implicitamente que é uma verdade nua e crua, pois os indígenas angolanos perderam as três refeições que são o pequeno-almoço, o almoço e o jantar, sem falar de lanches.

Esta situação é uma maneira abominável de criar a estratificação da sociedade de que resulta o surgimento de várias classes sociais.

JES revelou que o facto de o sector petrolífero ter crescido apenas 5,6 por cento, muito abaixo das estimativas que apontavam para 17,7 por cento, e a má gestão da dívida do Estado para com as empresas privadas levou à redução ou paralisação da actividade de muitas delas e a uma certa estagnação económica, levou à exonerações dos ministros antigos das Finanças e da Construção.

Quando uma equipa desportiva falha, é o técnico que perde o seu cargo. E quando um governo falha, é o chefe deste que deve perder o poder, neste caso, é o Chefe do Executivo, JES, que devia demitir-se ou ser destituído, em vez de criar bodes expiatórios.

Não é sacrificando inocentes que se consolida a paz, reforça a democracia, preserva a unidade nacional, promove o desenvolvimento e melhora a qualidade de vida dos angolanos. JES prometeu concluir até princípios de 2016 os principais projectos dos sectores da energia e águas e o programa de reabilitação das vias secundárias e terciárias.

Os projectos nos sectores de energia e águas apenas beneficiam Angola do asfalto. Mesmo nas grandes cidades, os moradores dos bairros periféricos apenas consomem águas vendidas pelos “garimpeiros” e camiões cisternas de origens duvidosas e energia dos geradores denominados por Fofandos vendidas pelas lojas dos governantes e das puxadas ilegais.

O Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza está sem efeito palpável, o povo indígena continua a sua descida imparável para o inferno da miséria em que o regime do MPLA o atirou.

A estatística de 52 por cento da população rural que tem acesso a água potável, 48 por cento ao saneamento básico, que inclui a rede de esgoto e fossa séptica; 25 por cento a electrificação rural, através de fontes alternativas, como geradores e painéis solares; 61 por cento aos serviços municipalizados de saúde; 79 por cento das crianças têm acesso ao ensino primário e 48 por cento beneficiam de merenda escolar eh uma falsidade grosseira.

A maioria dos geradores eléctricos colocados nas comunidades avariam por falta de manutenção ou por manutenção mal feita por ignorantes, alem das dificuldades no abastecimento em combustíveis.

Que a promessa de melhorar a qualidade do ensino a todos os níveis, fundamentalmente no ensino primário e secundário (e mesmo superior) se concretize, eh preocupante Angola figurar sempre na cauda do ranking mundial da UNESCO nesta matéria.

O anuncio reiterado de um Plano Nacional de Emprego e Formação Profissional, que não sirva de um simples bálsamo para acalmar a juventude revoltada devido ao desemprego galopante e a ausência de tudo para a sua sobrevivência.

O sector da Saúde esta mais doente que os pacientes. Os doentes encontram dificuldades imensas nos hospitais e centros de saúde onde chegam de madrugada e são atendidos ou não depois de espera de longas horas.

As entradas aos hospitais são dificultadas pelos guardas, os Bancos de Urgências e os Serviços de Consultas externas são as áreas que maior humilhação e vexames para os doentes.

Contrariamente a que pensa JES, a rede sanitária não cresceu imenso nem abrangeu praticamente todas as localidades, pois nenhum hospital digno deste nome foi construído de raiz desde a ascensão de Angola ah independência. Todos os edifícios dos hospitais foram herdados do colono português.

Que no pedido de JES de se continuar a prestar uma devida atenção aos antigos combatentes e veteranos de guerra, que são o exemplo vivo da coragem, determinação e sentido do dever seja abrangente e apartidário.

Por outro lado, a  implementação de uma política de modernização que visa melhorar a qualidade e a capacidade técnica, operacional, logística e de infra-estruturas das Forças Armadas Angolanas, bem como a qualificação técnica e profissional dos seus recursos humanos e a melhoria das suas condições de vida, não tenha por objectivo invadir países vizinhos ou alheios como aconteceu com os dois Congo e a tentativa frustrada pelos filhos genuínos da Guiné-Bissau.