Lisboa – O empresário angolano António Mosquito é apontado, em meios  competentes, como tento actuado como “testa de ferro” da entourage do Presidente José Eduardo dos Santos, na compra de 66,7% do capital da Soares da Costa por 70 milhões de euros.

Fonte: Club-k.net

A Mbakassy & Filhos, holding do seu Grupo António Mosquito (GAM), é cotada na bolsa de Lisboa com as escrituras notarias alteradas indicando que a mesma passou a ter novos donos à luz de um pacto social. Um mês antes, ele injectou 15 milhões de euros no grupo português "Control Investe", o que lhe dará 27% da nova sociedade que controla entre outros, o ‘Diário de Notícias’, ‘Jornal de Notícias’ e TSF.

 

A referida alteração societária da holding daquele empresário coincidente com uma denuncia feita recentemente pelo líder da UNITA, Isaías Samakuva, na sua réplica ao discurso do Presidente da República sobre o Estado da Nação. Na sua intervenção, aquele político da oposição fez as seguintes observações a saber:

“Recentemente a imprensa noticiou que o empresário António Mosquito assumiu o controle de 66,7% da Soares da Costa Construções, tendo pago cerca de 70 milhões de Euros. Mas a questão que a Sociedade levanta è: este negócio é mesmo dele?

 

Metade da facturação da empresa portuguesa Soares da Costa vem de contratos em Angola adjudicados pelo Estado angolano quase sem concurso. E quem é que adjudica ou manda ajudicar esses contratos?

Se alguém compulsar os registos dessa transacção pública, irá verificar que o comprador não é uma pessoa singular, mas sim uma empresa. A investigação poderá provar ainda que a empresa utilizada no negócio, foi comprada antes por pessoas próximas ao Presidente Eduardo dos Santos para servir de testa de ferro na compra das acções da Soares da Costa.

 

Aliás, esta tem sido a prática habitual da oligarquia chefiada pelo Presidente Eduardo dos Santos. Usam vários testas de ferro, para esconder o facto de que os donos reais destes negócios são os membros de umas poucas famílias que, sob o comando do Presidente, não separam o trigo do joio, ou seja, desviam o património da Nação para pertencer ao património pessoal dos integrantes da oligarquia.

 

Se a origem do dinheiro fosse legítima, porque colocar à frente o bom nome de um cidadão, quando tudo parece indicar que quem comprou de facto a Soares da Costa foi o grupo chefiado por José Eduardo dos Santos, o Presidente da Republica de Angola?”, fim de citação.