Luanda – Nzinga Baptista é um nacionalista e herói vivo pela independência de Angola. Militou e lutou pela soberania deste país desde os primórdios da luta anticolonial em 1961, a partir da sua região de origem e natalícia de Nsumba (Porto Rico), no actual município do Soyo, província do Zaire.

                      Um dos heróis vivo pela independência de Angola
Fonte: Club-k.net
Aderiu ao MPLA  neste mesmo ano de 1961 com outros nomes sonantes com os quais fez uma passagem efémera pela UPA-FNLA, em Leopoldville, hoje Kinshasa, capital do antigo Congo Belga ou Congo Leopoldville, não tendo concordado com a falta de estruturas, Estatutos e programa de acção deste movimento fundado pelo papa Eduardo Pinnock.

Foi representante oficial do MPLA na China Popular de Mao Tse Toung, em Guinee-Conackry de Sekou Toure e no Congo-Brazzaville. Mesmo com a presença da direcção do MPLA em Brazzaville, foi ele que foi acreditado pelo governo congolês do Presidente Masamba Debat como representante deste movimento e o único com o mandato e o poder de contactar as autoridades do referido país.

Antes da expulsão do MPLA do Congo-Leopoldville hoje Republica Democratica do Congo (RDC), Nzinga Baptista foi o representante do Movimento em Kikuit, capital da Província de Bandundu, onde tinha como colaborador imediato no campo militar o lendário comandante Hoji-ya-Henda, que chefiava o ramo militar com a missão de abrir a frente de Kamaxilu.
Trabalhou directamente com os presidentes do MPLA, Mário Pinto de Andrade e Agostinho Neto, assim como o ex-secretário geral do movimento Viriato da Cruz.

Trabalhou igualmente com o actual Presidente da Republica de Angola e do MPLA, José Eduardo dos Santos (JES) no Departamento das Relações exteriores de que este último era chefe.

Caiu em desgraça por ter reclamado que as delegações oficiais do Movimento seja chefiadas exclusivamente por angolanos genuínos e não por estrangeiros. Foi “excluído” do MPLA e transferido para o ministério dos Transportes como resultado de um processo movido contra ele pelo número dois naquela altura, Lúcio Lara, por uma comissão de inquérito chefiada por José Eduardo dos Santos, seu chefe directo no Departamento das Relações exteriores.
Hoje vive um bairro periférico de Luanda, abandonado e esquecido.

Eis a seguir e na integra uma entrevista de Nzinga Baptista:
 
Para recordar, qual eh a sua identidade ou melhor como se chama, como se chamam os seus progenitores, eh donde, qual eh o seu estado civil e quantos descendentes (filhos e netos) tem?
Chamo-me João Baptista Pedro, mais conhecido nas lides da luta armada por Nzinga Baptista. Nasci a 26 de Julho de 1941 na aldeia Kinsona, na actual Comuna de Nsumba (ex-Porto Rico), Município do Soyo, Província do Zaire. Sou filho de Pedro Mayunga e de Elisa Nzau, ambos naturais do Nsumba, sou casado e tenho filhos e netos.

Quando, onde e como começou a vida Politica?
Em 1961, nos meses de Marco e Abril, a minha região do Nsumba foi fustigada por conflitos armados entre as tropas da UPA e o exercito colonial português. A PIDE-DGS intensificou as prisões e os massacres dos nacionalistas, intelectuais e elementos influentes da referida região. Cerca de 16 nacionalistas de varias aldeias de Nsumba foram presos e assassinados, entre eles o catequista da aldeia  Kintudi,  pai do actual medico António Fernandes, o soba da aldeia Luanda também foi morto na mesma onda. Um colega que vivia comigo na aldeia Mayangala, chamado Manuel Pinge (Mpinzi) e um cipaio com o nome de João Kiantxi, com quem tínhamos boas relacoes por ser nacionalista também foram assassinados. Na altura, eu dava aulas a uma escola primaria – de pré a segunda classe - da referida aldeia.
Esta onda de repressão da PIDED-DGS obrigou a exilar-me por volta do mês de Abril de 1961 no Congo-Leopoldville com a minha família; fui inicialmente em Boma, em Agosto do mesmo ano fui forcado a seguir para Leopoldville, hoje Kinshasa, com o intuito de obter uma bolsa de estudo para o Estrangeiro. A primeira organização politica angolana que eu contactei foi a UPA, na pessoa do próprio papa Eduardo Pinnock, depois Holden Roberto. As respostas deles foram de eu esperar. Ao mesmo tempo eu procurava obter junto da direcção da UPA o seu Estado e Programa de luta. Não consegui obter esses dois documentos (Estatuto e Programa da UPA). Nesta preocupação eu não estava sozinho, eu estava com outros colegas antigos seminaristas católicos nacionalistas que fugimos juntos de Angola, entre eles António Miguel Baya, Timoteo Miguel, Nicolau Gomes Spencer, Armando António, o mais velho Aníbal de Melo e o engenheiro Armando António Nkanga (Kanga), antigo Director da FOSGANG assassinado na área da Mussera, entre outros.
 Depois de constatarmos a indiferença e a falta do resultado daquilo que pretendíamos, tomamos a decisão de contactarmos um outro movimento de libertação que foi o MPLA que prontamente nos deu os seus Estatutos e o programa de luta. Contactamos os senhores Graça da Silva Tavares e Domingos Tandu, este, na época, era o Chefe da Secretaria. Nesta altura, o Presidente do MPLA era Mário Pinto de Andrade e o Secretário-geral era Viriato da Cruz. Todos os colegas que acima citei fomos juntos para o MPLA.
O MPLA funcionava na Avenue Tombeurs de Tabora, em Leopoldville, no Congo-Leopoldville, actual Republica Democrática do Congo (RDC).
Isto aconteceu mais ou mesmo em Setembro de 1961. Em Dezembro do mesmo ano fui enviado a Conackry, capital da Republica da Guinee, para uma formação politica onde fiquei oito meses. Terminado o curso, regressei a Leopoldville (Kinshasa) onde fui indicado  para monitor ou activista politico junto das unidades do Exercito Popular de Libertacao de Angola (EPLA) e colocado em Kikuit, capital da Província de Bandundu. Nesta cidade, eu abri uma delegação do MPLA que apoiava a guerrilha que pretendíamos abrir na Lunda.
Como representante do MPLA em Kikuit trabalhei com um nacionalista que estava lã exilado chamado Luís Xiringueno “Lulu” e  um outro colega que foi colocado comigo chamado Arsénio Mesquita, mais conhecido por Sianuk, que foi morto com Nito Alves. Na parte militar quem dirigia a coluna era o comandante Mendes de Carvalho “Hoji Ya Henda” que tinha por missão de abrir uma frente em Kamaxilo, na actual Lunda Norte.
Em Dezembro de 1962 fui delegado ah primeira conferencia do MPLA realizado no bairroMbinza, em Kinshasa, que eu considero como sendo o primeiro Congresso do MPLA, porque eh ai onde se definiu que o movimento passasse ah acção directa da luta armada e elegeu também o Dr. Agostinho Neto como Presidente do MPLA. Neto acabava de chegar a Leopoldville em Novembro deste ano, evadido da prisão em Lisboa, Portugal, como nos foi dito.

Significa que você trabalhou directamente com Neto?
Eu trabalhei directamente com a direcção do MPLA  e dependia directamente do camarada Lúcio Lara, que era chefe do Departamento da Organização.

Com Neto, o MPLA não tinha Vice-Presidente e um Secretário-geral?
Com Neto, o Vice-Presidente era o reverendo Domingos da Silva e não tinha Secretário-geral. Também eu fui incumbido de organizar a famosa visita do Presidente Neto nas cidades congolesas de Moanda, Boma, Matadi e Songololo, na Província do Kongo Central, uma visita que foi de extrema importância devido as massas populares que tinham muitas duvidas sobre o MPLA se era um movimento de libertação ou era um instrumento do colono português.

Porque é que as massas angolanas tinham duvidas sobre o MPLA?
As massas tinham duvidas porque em Angola o MPLA era constituído por grupos de intelectuais e mestiços, não tinha bases no seio dos camponeses. Esta visita deu uma certa aceitação ao MPLA pelas massas populares, os refugiados angolanos no Congo-Leopoldville.

O que convenceu as massas, a simples presença de Neto ou a sua mensagem sobre a luta de libertação de Angola?
O que convenceu as massas foi a acção concreta iniciada pelo movimento no campo filantrópico ou social; o MPLA conseguiu abrir centros de assistência aos refugiados denominados Corpo Voluntario de Assistência aos Refugiados (CVAAR) em todos os locais. Este órgão dava assistência medica e medicamentoso aos refugiados e tinha médicos e enfermeiros angolanos. Na parte politica, abriu delegações chefiadas por monitores políticos, nomeadamente na cidade de  Moanda  o chefe era o camarada Espill, em Boma o camarada Luís Filipe, em Matadi o camarada Manuel Quarta Punza e em Kikuit, eu próprio Nzinga Baptista. Este eh o factor que deu uma certa aceitação ao MPLA pelas massas populares.

Porque eh que o MPLA foi expulso do território do Congo-Leopoldville e quando?
A primeira conferencia do MPLA que eu considero de Primeiro Congresso havia traçado uma estratégia de luta politica do Neutralismo positivo entre os dois blocos que dividiam o mundo: o capitalismo com os Americanos e o Socialismo com a URSS. Entretanto, na pratica o MPLA adoptou abertamente uma aliança com o bloco socialista. Na altura, o Congo-Leopoldville vivia um momento de turbulência com o assassinato do seu antigo Primeiro Ministro, Patrice Emery Lumumba. O país (Congo) vivia uma crise de luta dos dois grandes blocos que agudizou a guerra fria que havia na altura. Com a morte de Lumumba, o Congo tomou o rumo do bloco capista e via no MPLA uma ameaça de infiltração comunista, razão pela qual o movimento foi expulso do Congo-Leopoldville. Foi o momento da crise em Cuba de mísseis soviéticos instalados por Krutchev na Baia  de Cochons que estava para provocar uma terceira guerra mundial se os soviéticos não recuassem com o ultimato de Kennedy e também este (Kennedy) foi assassinado na sequencia desta crise. O MPLA foi expulso do território do Congo-Leopoldville em meados de Abril/Maio de 1963.
A UPA-FNLA apenas provocou e incentivou a expulsão do MPLA do Congo-Leopoldville, mas não foi o factor principal. A expulsão do MPLA do Congo ocorreu no tempo da vigência do governo do Primeiro ministro Cyrille Adoula.

Depois da expulsão do MPLA do Congo-Leopoldville, o que foi feito de si?
A quando da expulsão do MPLA do Congo, eu encontrava-me num seminário internacional na Alemanha Federal sobre o funcionamento de Bundestag (Parlamento) e quando regressei a África fui colocado como representante do MPLA em Conackry, na Guinne de Sekou Toure. Em 1964, eu fui transferido para Brazzaville, capital do Congo, e fui acreditado pelo Partido Congolês do Trabalho (PCT), no poder, como representante oficial do MPLA, apesar de a própria direcção do movimento encontrar-se naquela cidade (Brazzaville). Apenas eu, Nzinga Baptista, tinha o mandato e a autorização oficial de tratar directamente de assuntos do MPLA com as autoridades congolesas de Brazzaville e as embaixadas estrangeiras acreditadas naquele território congolês. Eu acumulava a função de representante com a da segunda personalidade do departamento das relações exteriores que era chefiado pelo camarada Azevedo Júnior.
Também, eu fui o primeiro locutor em língua Kikongo do programa radiofónico denominado “Angola Combatente” do MPLA na Rádio da Revolução Congolesa, antes da chegada do camarada Manuel Lamvu Norman, que fugiu da prisão da FNLA de Kinkuzu. Este, Manuelk Lamvu, eh quem me substituiu a frente do referido programa. Este programa eh que deu um grande impacto ou impulso para a aderência das massas populares ao MPLA; infelizmente o  MPLA esqueceu-se deste programa e nunca fez referencia a ele. O MPLA eh ingrato em relação a este programa que lhe deu uma grande visibilidade junto das massas populares assim como ao Mundo. O Programa radiofónico Angola Combatente foi totalmente esquecido, nunca foi relembrado.

Na altura conhecia o actual Presidente José Eduardo dos Santos e também estava consigo no MPLA?
Em Leopoldville, JES era o vice-presidente da JMPLA, a partir dai beneficiou de uma bolsa de estudo para a URSS. Parece que na véspera da independência de Angola, ele (JES) foi o ultimo representante do movimento em Brazzaville.

Mas lhe conhecia bem tanto no exílio como em Angola, depois da independência?
No exílio lhe conheci muito bem, pois éramos poucos dirigentes do movimento. Em Angola, antes e depois da independência, ele (JES) foi meu chefe no departamento das relações exteriores e tínhamos boas relações. Cheguei mesmo de comer em casa dele, éramos vizinhos no bairro Alvalade, com a sua primeira esposa, a soviética Kukanova.
Quando faleceu a mãe da esposa, a Kukanova, na terra dela (na ex-URSS), o óbito passou em casa de JES na Alvalade e  nós os vizinhos participamos deste óbito que foi de um dia; tínhamos boas relações - (contou a esposa de Nzinga Baptista, de nome Maria Kilombo).

Depois da subida de JES como Presidente da Republica, o mesmo reconhece-lhe como antigo colega no departamento das relações exteriores e vizinho no bairro Alvalade?
Assim como temo pelo esquecimento total do Programa radiofónico Angola Combatente, assim temo pelo esquecimento total de todos que deram o melhor deles, e mesmo as suas próprias vidas, pela a independência deste país. O que eu diria de mim próprio? Fui esquecido, assim como vários grandes nacionalistas e combatentes pela independência de Angola foram esquecidos e apagados da história politica deste pais.
O MPLA preferiu aqueles que assaltaram o movimento, aqueles que nos chamavam de pacacas e consideravam que éramos incapazes de dirigir este país, mas que agora são eles que levaram o país ao abismo, ah burocracia, corrupção e intolerância politica.
O MPLA preferiu nos substituir por outros nacionalistas e heróis pela independência nacional, que ele inventou e que nós desconhecíamos quando lutávamos no exílio; pois – sem pretensão - éramos poucos; mas combativos e honestos. E todos nós nos conhecíamos, uns dos outros.
 
O que originou a sua queda da vida politica, para se tornar simples militante ou mesmo simpatizante ou amigo do MPLA e quando?
Foi o meu espírito de defesa intransigente pelo poder dos filhos genuínos  da terra. Eu defendia que as delegações do MPLA  não fossem chefiadas por estrangeiros. Foi o caso concreto  do brasileiro Pedro Alves Cavalcanti que chefiou a delegação do MPLA a que eu fazia parte, que tinha por missão de contactar os presidentes africanos para o reconhecimento da Republica Popular de Angola (RPA).Eu não concordei que um brasileiro chefiasse esta delegação angolana. Em consequência, o MPLA preferiu que eu deixasse o partido e o brasileiro continuasse no partido. Quem presidiu a comissão de inquérito sobre este assunto foi o meu próprio chefe JES, na qualidade de Chefe de Departamento das Relações Exteriores.

E qual foi a conclusão do inquérito?
A conclusão do inquérito foi que eu devia deixar o partido ou melhor deixar o Departamento das Relações Exteriores e fui transferido para o Ministério dos Transportes. Isto para acomodar o brasileiro Pedro Alves Cavalcanti, em detrimento de mim, filho genuíno de Angola e antigo combatente pela independência deste pais. Isto resultou de um arranjo entre os camaradas Lúcio Lara, na altura Chefe do Departamento da Organização do MPLA, e Pedro Pacavira, Ministro dos Transportes.

E o JES, como seu chefe directo, antigo companheiro de luta e vizinho, concordou com esta decisão?
JES, não sou concordou, mas como ele foi o principal autor desta decisão, porque foi ele quem presidiu a comissão de inquérito; o que eu lamento.

Presentemente, que faz na vida para a sua sobrevivência; beneficia de pensão de reforma e  de fundo de Previdência Social?
A minha sobrevivência eh como a de outros tantos antigos combatentes pela independência de Angola, vivendo numa situação de extrema pobreza. As pensões de antigo combatente e da reforma que me pagam, não satisfazem as minhas necessidades tendo em conta o custo de vida em Angola.

Beneficia de um credito bancário?
Nunca fui abrangido em nada. Não me deram residência nem carro, como acontece com alguns antigos combatentes. Ando de táxi e a pé. Mas a minha maior preocupação eh o rumo que o país está a tomar, com o custo de vida a subir a cada dia e a deterioração constante da vida das populações. Os combatentes angolanos não devem dormir ah sombra da bananeira, porque a independência pela qual lutamos está amputada, por falta de uma revolução cultural.

O que chama por revolução cultural?
Com a revolução cultural,  a soberania tem que estar nas mãos do povo genuíno de Angola e o governo tem que se submeter a esta soberania.

Achas que o poder não esta nas mãos do povo autóctone?
Não eh suficiente termos um presidente negro, uma bandeira e um hino nacional.

O que eh preciso mais?
É preciso que um cidadão angolano se sinta cidadão angolano; que não haja duvida sobre a identidade angolana de qualquer pessoa que se diz ser angolano. Porque eh que há preferência de recrutar trabalhadores de base estrangeiros em vez de angolanos; porque eh que os inertes como arreia, pedra e agua são vendidos pelos estrangeiros e não por nacionais? Porque eh que ate motoristas, padeiros, pedreiros,  a preferência eh de os recrutar fora e não dentro do país. As próprias línguas nacionais são proteladas a favor das línguas estrangeiras? Por tudo isto, tem que haver uma revolução cultural para corrigirmos a situação. Só assim que o Angolano se sentira Angolano. A comida sem sal fica sem sabor e uma independência sem revolução cultural fica sem significado. Eh por isso que o governo se dá o luxo de periodizar os estrangeiros em detrimento de angolanos.

O que acha da actividade da oposição politica em Angola, consegue corrigir o quadro negro que acabou de pintar?
Segundo a minha analise, a oposição não desempenha o seu papel em Angola; eh muito inactiva. No caso concreto da UNITA, apesar de acordos que tem com o Governo (MPLA), esta aceita que a sua rádio emita em algumas áreas de Luanda, pois nem se consegue sintonizar em todo o território da capital do país, para não falarmos em todo o território nacional.
Na véspera das eleições, surgem vários partidos da oposição no intuito de dividir o pequeno subsidio que o MPLA lhes oferece; assistimos a uma luta frenética. Depois das eleições, estes partidos desaparecem. Os partidos que teem uma certa visibilidades como a UNITA, CAS-CE, PRS, FNLA e PDP-ANA  não conseguem constituir uma frente comum para concorrer em conjunto contra um adversário comum que eh o MPLA e em pé de igualdade. Estes vão às eleições divididos de modo a espalhar os votos.
Por enquanto, termino aqui, aconselhando o meu partido, o MPLA, a rever o estabelecimento das suas alianças e a reconsiderar os nacionalistas que lutaram com bravura e honestidade para a independência deste país e o engrandecimento do próprio MPLA.
A oposição aconselho para unir esforços e inteligência, pois como se diz a “união faz a força”. Uma democracia sem uma oposição forte eh vazia e incipiente e não ajuda ao desenvolvimento do país.