Lisboa – A Televisão Pública de Angola (TPA) esta a ser fortemente criticada pela sociedade por desenvolver nos últimos dois dias uma campanha de instabilidade no sentido de intimidar a população e desencoraja-la em aderir a manifestação pacifica, convocada pela UNITA, que visa condenar energicamente os assassinatos de dois activistas perpetuado pelas autoridades. 

Fonte: Club-k.net

Na apreciação do jornalista Herculano Coroado “a TPA destacou a manifestação da UNITA na 1ª parte do telejornal. A iniciativa foi boa, mas de forma "extremamente" pejorativa. Em geral, foi um monólogo para que o evento previsto para este sábado não se realize.”

“Em meu ver, a abordagem foi muito desequilibrada e, para um bom entendedor, poderia motivar o Galo Negro a sair mesmo para fazer o contraditório na rua. Um tiro que sairia pela culatra. Não sei se os ideólogos da iniciativa reflectiram antes profundamente nisto. Eu acho que era possível fazer melhor e obter um óptimo resultado comunicacional”, argumentou o profissional por via das redes sociais.

Para  o actista  Pedro Manuel “de tanta aflição o JES/MPLA/TPA dizem coisa com coisa sem sentido, veja o que esta escrito no roda-pé... Processo judicial desencadeado pelo PR....mas o PR agora também lida com processos judiciais???”"

Para o activista Valter Diego Faro “a  UNITA, do meu ponto de vista, só está a cumprir a lei que a maioria absoluta e esmagadora aprovou!”. Quanto que João Manuel Mpiaza ressalta que "a manifestação pacífica não  é sinónima da guerra, aliás é consagrada na lei máxima do país”.

António Teixeira, um cidadão residente em Paris faz lembrar que “hoje houve manifestações em Portugal e em França. Não vi nenhuma guerra. porque razão o regime tem sempre medo das manifestações se eles tem 5 milhões de militantes? porquê eles falam sempre de guerra? porquê fazem tanto teatro na TPA?”

Por sua vez a jornalista Ana Margoso aconselha as pessoas a não prestarem atenção na propaganda transmitida na RNA, a quem atribui como sendo de autoria do MPLA. 

De acordo com a mesma “no dia 23, às 9horas em frente à Sant'ana é o local da concentração. A UNITA informou as autoridades dessa manifestação na segunda-feira, e o Governo da Província de Luanda ( GPL) não mugiu nem tossiu. Então me digam só: desde quando a JMPLA  festeja o seu dia em Novembro ?”

De lembrar que logo após a convocatória de manifestação da UNITA, o partido no poder reagiu com um comunicado cuja linguagem bélica continua a ser repudiada em sectores da sociedade.

Segundo  uma apreciação do activista Rafael Marques “o MPLA revela, uma vez mais, a sua profunda intolerância política e a sua falta de escrúpulos em recorrer a um discurso inflamatório num momento sensível para o desenvolvimento da democracia em Angola.”

Já o  general  Lukamba Paulo “Gato”, reagiu através das redes sociais para que “não falemos de guerra por tudo e por nada. Poderá alguém com um mínimo de bom senso imaginar por um instante que seja possível a eclosão de uma guerra em Angola? Não há neste momento condições nem politicas muito menos psicológicas e materiais para uma guerra.”

“Neste momento apenas as FAA e a Policia Nacional são instituições que utilizam armas. Por isso deixemos de agitar esse espantalho, pois esse exercício apenas visa enganar ou por razões outras tentar instrumentalizar as pessoas. Haja mais seriedade.” Alertou o também deputado a Assembleia Nacional.