Huíla – Os angolanos, hoje querem dizer os seus projectos, querem afirmar os seus valores, querem definir as suas relações com o mundo. Já não é verdade que a promoção de valores angolanos passe pelos seus colonialistas ou pelos imperialistas. Não precisamos de ir constantemente a reboque, de seguir, de depender de quem quer que seja.

Fonte: Club-k.net
Aos angolanos querem e exigem tomar o seu destino nas mãos e recusam representar o papel de corpos inertes, onde cada abutre vem debicar o seu pedaço. A concorrência de aves de rapina e as suas criações devem terminar. As concessões, as expropriações, a exploração de trabalhadores, a ditadura, a grande miséria do povo e outros males devem ter fim.

Juventude angolana, o futuro de Angola pertence-nos. Devemos pressionar os nossos parlamentares de todos os Partidos de maneira a obriga-los a agirem em nome do povo sofredor e da juventude em particular, e não em prol de dirigentes vitalícios, corruptos, ditadores e vendedores das terras dos nossos antepassados e fazendo de nós escravos do século XXI.

Jovens marginalizados ou não, letrados ou não, devemos saber que chegou o momento, chegou a hora, para todos nós, de unirmos os nossos esforços e desferirmos o golpe de misericórdia no neocolonialismo e no imperialismo económicos, mas sem luta armada. Devemos, todos juntos, cavar a sepultura onde o neocolonialismo, o imperialismo e as suas sequelas serão enterrados definitivamente.

Apenas  aproveitaremos os neocolonialistas e os imperialistas, e os transformaremos em homens íntegros, não só para o desenvolvimento dos seus países ou estados, mas também para o desenvolvimento de Angola e do Mundo em geral. É que os povos oprimidos se unam.

Por razões de competição económica, de minimizar a crise económica que assola o Mundo e de escoadouros a preservar em Angola, as reclamações justas de angolanos, terminam em assassinatos, particularmente de jovens que vêem o seu futuro comprometido, enquanto dos dirigentes começou a muito tempo.

Os neocolonialistas e os imperialistas desenvolvem uma política que nos seus fundamentos vai ao encontro das posições de dirigentes angolanos vitalícios, ditadores e corruptos. Quem se opõe está em vias de comprometer as possibilidades das aves nacionais e internacionais de rapina, e, por isso deve ser degolado.

O nosso País é explorado cultural e economicamente, mas matem-se silenciosa a comunidade internacional, por causa de interesses económicos em Angola. A nossa essência nacional é negada.

O futuro será impiedoso para os homens que, gozando do privilégio excepcional de poder, dizer aos seus opressores, ditadores, palavras de verdade, se acantonaram numa atitude de quietude, de indiferença muda e, algumas vezes, de fria cumplicidade.

Muitos Angolanos tornaram-se espantalhos do neocolonialismo e do imperialismo, enquanto os jovens não cortados ao meio pelas rajadas armas imperialistas, e outros corpos não lançados nos rios para servirem de alimentação de jacarés.

Muitos angolanos “patriotas”, “revolucionários” não conseguem reivindicar as barbarias que se praticam em Angola, as suas cordas vocais são sufocadas por “euros” e por “ dólares” e outros que se consideram “libertadores” das massas populares, felicitam os assassinos e congratulam-se com acções de barbárie, em troca de bens  materiais.

Quando um dirigente neocolonizado, esquecido da miséria do seu povo, da exploração desenvergonhado do seu país chega ao ponto de felicitar aqueles que cometem atrocidades jamais vistas contra os seus compatriotas, não devemos hesitar em afirmar que se trata de traição de cumplicidade e de incitação ao assassino e ao ódio.

A história de matar ou mandar matar todos os dirigentes capazes, que querem a independência total, a independência verdadeira, porque esta vai contra os interesses imperialistas, não só ocorreu ao longo Belga (República Democrática do Conco), com a morte Patrício Lumumba, repete-se em muitos Países e com intensidade e com frequência em Angola. Por isso os angolanos devem estar unidos contra a política de assassinato.

Lubango, aos 12 de Dezembro de 2013