Caros Membros do Comité Permanente e da Comissão Politica do nosso Glorioso Partido!
Caros membros do Secretariado e do Comité Provincial do Partido!
Preados membros do secretariado e do Comité Nacional da JURA!
Prezados delegados a esta Conferencia Regional!
Ilustres Convidados!
Minhas senhoras e meus senhores!

Quero em primeiro lugar, em nome do Secretariado e do Comité do Partido em Benguela, saudar calorosa e efusivamente todos as companheiras e companheiros presentes nesta sala. Bom dia!

A nossa saudação especial, vai para os delegados oriundos das províncias do Cuando Cubango, Uíge, Malange, Namibe, Huila, Huambo e Bié, que percorreram longas distancias, impelidos pelo dever militante, para participarem deste evento, que se reveste de capital importância, se atendermos aos conteúdos dos temas e atividades que amimarão esta conferencia regional. Tenham uma boa estadia nas terras das acácias rubras e desfrutem da brisa refrescante e dos centros turísticos que fazem o cartão-de-visita desta província.

A IIIª Conferência da JURA, que decorre sob o Lema “JURA- FIRME E PERSISTENTE NA DEFESA DA PAZ, DEMOCRACIA, LIBERDADE, CIVILIDADE E DIREITO A VIDA, tem lugar num momento em que o País atravessa um quadro politico e socio económico difícil, se atendermos aos últimos acontecimentos, caracterizados pela Concentração de poderes do titular do poder executivo, subalternizado os demais poderes, o Legislativo e o Judicial; pela partidarização dos órgãos de comunicação social públicos; pela exclusão; pela perseguição, intimidação, raptos e assassinatos dos adversários políticos e dos que exercem o direito de manifestação plasmado do atrigo 47 da CRA.

O Lema que preside esta magna reunião é bastante sugestivo. Demonstra a preocupação da juventude com relação aos pilares de um estado democrático e de direito, onde os direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos são de facto salvaguardados. A defesa da Paz, da democracia e da liberdade, da civilidade e do direito a vida são pressupostos inalienáveis que devem ser defendidos e salvaguardados, devendo a Juventude estar na vanguarda para a concretização deste desiderato.

A democracia vem sendo mutilada com a realização de processos eleitorais fraudulentos. O golpe constitucional engendrado pelo MPLA em 2010 asfixiou ainda mais a nossa adolescente democracia, com a instauração de um sistema político atípico e voltado para os interesses pessoais de JES. O recente acórdão do Tribunal Constitucional, que proíbe os eleitos do povo, os deputados, de fiscalizarem os actos do executivo, remeteu a nossa democracia a um estado de saúde moribundo, necessitando de cuidados intensivos por parte de todos patriotas independentemente das convicções politicas, para reanima-la e salva-la através de ações urgentes que levem angola a uma Mudança de sistema politico de forma pacifica.

Companheiras e companheiros !

Os tristes acontecimentos ocorridos no dia 23 e 27 de Novembro do ano em curso, deixaram cair a mascara do MPLA. Agora o povo sabe quem sempre começou com a guerra em Angola. Agora que o povo o sentiu na pele os efeitos das bombas toxicas, sabe onde saíram as bombas que tem provocado desmaios aos alunos nas escolas. As ordens superiores de JES, baixadas a partir de Barcelona, onde se encontrava em tratamento médico, foram fielmente executadas reprimindo com helicópteros, bombas toxicas, cavalaria, cães, armas de diversos calibres, uma manifestação pacífica previamente convocada pela UNITA. Atacaram e invadiram a mão armada as instalações dos Secretariados províncias do Partido, para além de assassinarem o Jovem Engenheiro Hilbert Ganga da CASA-CE, que apenas procedia a colagem de panfletos. Para o cúmulo, o regime repressivo de JES voltou a protagonizar a repressão aos pacatos cidadãos que acompanhavam o cotejo fúnebre do jovem Hilbert Nganga, só porque exprimiam o seu repúdio pelas circunstâncias em que o malogrado Nganga foi assassinado pelos efectivos da segurança presidencial.

Estes acontecimentos foram antecedidos de uma vergonhosa campanha orquestrada pelo regime de JES, através dos órgãos de comunicação social públicas, que incapazes de explicar as mortes de Isaías Cassule e Alves Camulingue, colocavam em pé de igualdade as mortes do tempo de conflito, com os do tempo de Paz, ao mesmo tempo que manipulavam e encenavam pecas teatrais para confundir uma manifestação com a pretensão da guerra.

Em Angola há uma tendência das ordens superiores expressas de JES, substituírem a CRA, o que atenta contra um Estado democrático e de Direito.
Afinal a realização de uma manifestação deve obedecer a CRA ou deve sujeitar-se a ordens superiores, mesmo sendo inconstitucionais e ilegais ?
Ninguém tem o dever de cumprir o que é inconstitucional e ilegal
Qual e o medo que o regime tem de uma manifestação? Que condições políticas que não estavam reunidas para a realização da manifestação?

Companheiras e companheiros !

Um partido com intenções não pacificas, coloca a testa da manifestação o seu presidente e os demais membros da Direção do Partido ?

O balanço da Policia nacional no final do dia 23 de Novembro resume-se em presos, panfletos, dísticos, baldes de tinta e fita cola, o que demonstra claramente que os cidadãos pretendiam tão somente manifestar-se ao abrigo do artigo 47 da CRA. Não foi apreendido um único material letal.

Os dirigentes do regime de JES, sempres que querem protagonizar uma limpeza aos adversários políticos, inventam informações para sustentar os seus planos macabros. Começam a sofrer esquizofrenias agudas. Levantam o fantasma da guerra. Foi assim no assassinatos do Pica pau, no 27 de Maio, nos dias 29, 30, 31 de Outubro e 1 e 2 de Novembro de 1992 e na sexta-feira sangrenta, a 21 de Janeiro de 1993. Querem empurrar o Pais para o Caos para se perpetuarem no Poder. Mas felizmente o quadro actual não dá margens para manobras. Quem tem armas é o regime de JES. Não podem lutar contra o povo desarmado.

Companheiras e Companheiros!

O regime repressivo e ditatorial de JES já está sentindo na prática que os custos políticos da repressão a manifestação do dia 23 de Novembro, são muito onerosos. A inteligência do SINSE falhou e ajudou a empurrar o MPLA para o fundo do poço. Estes delírios e o endurecimento do discurso e de posições, são os últimos suspiros, próprios de um regime caduco e moribundo.

Caros Compatriotas !

Na presente etapa de luta politica, os aviões, os tanques, as armas, as bombas tóxicas e os cães já não vão definir o destino deste Pais. O medo acabou. A determinação para a Mudança pacifica é profunda. O fenómeno social Angola está maduro. O dia da segunda independência está a chegar. Neste dia não haverá tempo para os carrascos segurarem em armas e apontar contra o seu irmão, o seu sobrinho, primo, mãe ou esposa. Tudo vai se processar de forma pacífica, porque os patriotas do MPLA vão juntar-se ao Programa de Mudança para salvar a Pátria mãe, a nossa querida Angola.

Qual é o Papel da JURA em particular e da Juventude em geral para que em Angola ocorra a Mudança tao almejada pela esmagadora maioria do povo angolano?

? Unir fileiras em torno da direção do Partido na pessoa do seu Líder, o Presidente Dr. Isaías Samakuva.
? Adoptar o discurso de abertura do Presidente Samakuva aquando da IIIª reunião ordinária da Comissão Politica como um documento orientador para a caracterização da etapa actual de luta politica e do posicionamento dos militantes.

? Cumprir e Fazer cumprir a CRA, os estatutos e o Regulamento interno do Partido.

? Cumprir com as resoluções, recomendações e executar as ações constantes do Programa de acção resultante da IIIª reunião ordinária da Comissão Politica e da reunião do Comité Nacional da JURA.

? Divulgar e explicar a todos os angolanos o alcance do projeto de sociedade da UNITA( Projeto de Muangai ou dos Conjurados do 13 de Março ).

? Realizar ações de impacto social, limpeza e saneamento do meio, luta contra as drogas, criminalidade, ações de defesa do meio ambiente, de proteção aos grupos vulneráveis ( idosos, órfãos, viúvas e deficientes ).

As ações da JURA devem justificar o slogan Ciência e Progresso. A inovação e espirito de criatividade devem coroar os êxitos da vossa Actividade. Para partir não dependam dos meios. Estes devem apenas ser fatores limitantes e não impeditivos.

A JURA não deve perder –se na discussão de conceitos filosóficos. A JURA é acção. Contra as intimidações e provocações, actuem com serenidade, coragem, determinação e inteligência.

Durante estes três dias de conferência, os delegados não devem rediscutir as questões que as províncias já colocaram nos relatórios submetidos a IIIª reunião ordinária da Comissão Politica, pois já merecerão discussão e resultaram em resoluções, recomendações e programa de acção para 2014.

Os delegados a esta magna reunião devem discutir a operacionalização das ações de implantação Partidária, da mobilização geral e urbana, da arrecadação de quotas, da divulgação do projeto de sociedade da UNITA nas escolas, nas residências, nas paradas dos mototaxistas, nos transportes públicos, nos locais públicos etc. Devem trocar experiencias para enriquecer o vosso trabalho. A realização de eleições autárquicas, o respectivo pacote legislativo e como instaurar nos pais processos eleitorais credíveis, são preocupações já canalizadas a Direção do Partido, pelo que devemos priorizar as ações de reorganização e mobilização, agora.

Auguramos durante esta conferência um debate profundo, profícuo e frutuoso para se atingir os objectivos preconizados. Aproveito a ocasião para desejar-vos um Natal Feliz e um Ano de 2014 cheio de prosperidades.

Considero aberta a IIIª Conferencia regional da JURA
Obrigado