Luanda - Uma onda de descontentamento instalou-se nas direcções provinciais das Edições Novembro, empresa tutora do generalista Jornal Angola, do Jornal dos Desportos e dos semanários Jornal de Economia & Finanças e Jornal Cultura, respectivamente.

*Paulo Alves
Fonte: Club-k.net

O móbil do descontentamento instalou-se devido ao atraso que se verifica até agora em relação a atribuição dos subsídios para os cabazes de Natal a que estas têm direito. Eduado Minvu, na qualidade de administrador financeiro, faz “ouvidos de mercador” às frequentas reclamações que ocorrem nesta fase do ano.

Fonte do Club K disse que há quatro anos que as direcções provinciais do Jornal de Angola têm sido agraciadas com valores monetários para fazer face o período da quadra natalícia. De acordo com a fonte, no primeiro destes anos os directores provinciais foram agraciados com 120 mil kwanzas e os demais funcionários com 93 mil.

Posteriormente, Eduardo Minvu passou a atribuir 70 mil kwanzas, sem distinção entre chefes e funcionários administrativos e da área de redacção deste órgão público de comunicação social, que segundo se propala pelos quatro ventos goza de boa saúde financeira. Aliás, o próprio PCA das Edições Novembro, José Ribeiro, gaba-se de que a saúde financeira da empresa é óptima e daí os gordos salários dos trabalhadores.

Reclamações

A despeito de tudo isto, os directores provinciais do Jornal de Angola queixam-se frequentemente dos atrasos de fundos de maneio. Segundo a fonte contactada pelo Club K nesta altura as direcções provinciais recebem um fundo de 250 mil Kwanzas, que vezes sem conta tem que ser gerido por períodos dilatados de 3/4 meses.

Anteriormente, mesmo não sendo regular, eram 500 mil Kwanzas, que depois baixou para a metade, mas sem qualquer explicação para o efeito.

Aliás, pela forma como são subalternizados em relação aos homólogos dos outros órgãos, no caso TPA, Angop e RNA, muitos directores provinciais aventam a hipótese de um dia baterem o pé, colocando os seus lugares à disposição, por não se reverem nessa postura da chefia das Edições Novembro. Há quem diga mesmo que é por esse facto que muitos dos directores deixaram de escrever e “garimpam” noutras actividades.

No mais recente Conselho da Comunicação Social, realizado em Luanda, foi aflorada essa questão da irregularidade do fundo de maneio pelo titular da pasta, José Luís de Matos, a que prontamente José Ribeiro reconheceu as falhas e prometeu equacionar.

Porém, até agora a situação persiste e último fundo já data desde o início de Novembro deste ano. Tal atraso, faz com que muitos directores questionem o factos das exigências em relação a prestação de contas mensalmente, já que vezes sem conta os períodos de tempestade vão para lá dos dois meses.

Como se não bastasse os atrasos, Eduardo Minvu nunca faz a reposição destes e daí frequentemente as direcções provinciais chegam, vezes sem conta, a fechar o ano com cinco/seis fundos dos já referidos 250 mil Kwanzas.

Tal valor muitas das vezes nem sequer chega para resolver os problemas mais simples, como os de combustíveis das viaturas que têm que se desdobrar pelos municípios das referidas circunscrições.