Luanda - A empresa de recolha de lixo “Soproenge” que opera no Kilamba Kiaxi, suspendeu os seus trabalhos no distrito, durante a quadra festiva, por incumprimento de contrato, por parte da empresa contratante ELISAL (Empresa de Limpeza de Saneamento de Luanda), anunciou hoje (quinta-feira) o seu director administrativo, Fiel Constantino.

Fonte: Angop
A fonte admitiu ter comunicado à ELISAL sobre o procedimento que tomou, tendo a empresa contratante  se comprometido a efectuar o trabalho de recolha de lixo no distrito do Kilamba Kiaxi.

Entretanto, uma ronda efectuada pela Angop na circunscrição, constatou a existência de contentores a transbordar e muito resíduos sólidos no chão, formando lixeiras.

Alguns munícipes confirmaram que camiões pertencentes a ELISAL estão a efectuar a recolha de lixo, “mas não com tanta perfeição porque não possuem equipamentos apropriados para o efeito”, reconheceram.

João Soares, morador no bairro Palanca, alertou que a ELISAL por não possuir alguns meios, usa a pá carregadora que faz buracos e muitas vezes rebentam cabos eléctricos.

Maria Teresa, do Golfe, é da mesma opinião e acrescenta que a recolha, para além de não ser eficaz, não é sistemática, ou seja, “não recolhem os resíduos sólidos diariamente, deixando os locais com amontoados de lixo, e isso não é saudável para as comunidades”.      

Por seu turno, Roque dos Santos, dos Serviços Comunitários local, confessou que o saneamento básico no distrito ameaça a saúde pública, “uma vez que existem amontoados de lixo nas principais artérias da municipalidade que não é recolhido diariamente”.

Roque dos Santos fez saber que está prevista, no decurso deste ano 2014, a entrada em funcionamento de outras empresas para se efectuar um trabalho de recolha de lixo mais eficaz.

Lixo na Baía de Luanda e praias da Ilha do cabo em grandes quantidades

Depois de uma passagem de ano tranquila, a província de Luanda registou grandes quantidades de lixo na Baía de Luanda, nas praias e ruas da Ilha do Cabo, no distrito urbano da Ingombota.

Em ronda efectuada na quinta-feira, 02, em algumas zonas da Ingombota, foi possível constatar que logo a entrada da ilha uma grande quantidade de lixo e junto das tendas montadas na praia, carcaças de arcas frigorificas e outros recipientes, onde foram conservadas as bebidas. As praias da ilha, encontram-se cobertas de lixo, desde plásticos, latas, garrafas, resto de comida, utensílios de cozinha entre outros objectos inusitados como colchão.

De acordo com Joaquim Costa, responsável de uma empresa vocacionada para limpeza de praias e responsabilizada pela recolha do lixo, os trabalhos estão a ser dificultados pela deposição de carcaças nas praias e na calçada.

“As dificuldades são muitas e as maquinas não conseguem fazer o trabalho. Temos mais de cem trabalhadores no calçadão, um dos pontos considerado como sendo o mais crítico, assim como o Ponto Final", referiu.

Com tudo garantiu que ao longo do dia, a empresa vai tentar contornar a situação, apesar de existirem, neste momento, ainda muitos cidadãos acampados nas praias e a depositarem o lixo em qualquer local.

Num comunicado, antes da quadra festiva, as autoridades administrativas de Luanda haviam proibido a instalação de tendas, arcas frigoríficas, tambores, cadeiras e mesas nas praias e na calçada.

Com mais de dez mil metros de extensão, a Ilha do Cabo é considerado um dos melhores centros turísticos da cidade de Luanda e na altura da quadra festiva é frequentada por mais de um milhão de pessoas.