Holanda – No discurso do fim do ano para a Nação Angolana, o Presidente José Eduardo dos Santos não disse nada sobre a realização das autarquias em Angola. Mas o Presidente sabe que elas terão lugar no ano de 2015 e quer surpreender a oposição atrapalhando-a com assuntos desnecessários para quando chegar o momento, ninguém estar preparado. Assim funciona a filosofia da política do MPLA.

Fonte: Club-k.net
Para criar o espaço para a fraude, o MPLA inventa problemas que dão polémica no país, para atrapalhar e encurtar o tempo dos partidos da oposição na organização das eleições.

De acordo a experiência que temos das eleições passadas, desta vez devíamos reflectir muito bem antes de irmos a qualquer eleição.

Quais poderão ser os pontos principais da reflexão?

1 – Não devemos ir a qualquer eleição sem que se cumpra integralmente com a verdadeira democracia em Angola.

2 – Não devemos ir a qualquer eleição enquanto os órgãos de informação estatal como a TPA, a Rádio Nacional e o Jornal de Angola continuam a trabalhar a favor de um partido só, que é partido no poder.

3 - Não devemos ir a qualquer eleição enquanto a Polícia Nacional continua a exercer trabalho partidário em apoio o partido no poder, executando e assassinando os dirigentes dos partidos da oposição e as populações angolanas em defesa da ditadura e do ditador.

4 - Não devemos ir a qualquer eleição enquanto o papel dos agentes da segurança do Estado continuam a ser o mesmo à do partido único, que naquele tempo da guerra cívil os tais agentes da segurança do Estado, serviam o partido do MPLA para caçar e matar todos aqueles que não apoiavam os ideiais do MPLA ou do COMUNISMO.

5 – Não devemos ir a qualquer eleição enquanto a intolerância política continuar a ganhar lugar no pais, para não existir o espaço favorável para os partidos políticos desempenharem o seu papel da mobilização ao lado do povo, em todo o território nacional.

6 - Não devemos ir a qualquer eleição enquanto o MPLA não meter em prática os acordos assinados em Lusaca sobre a paz em Angola que, condiciona a reconciliação da família angolana esquecendo os danos provocados pela guerra e seguir um caminho único que é a construção de uma Angola para todos e a criação de oportunidades para todos sem exclusão.

7 - Não devemos ir a qualquer eleição enquanto que os órgãos judiciais que realizam e controlam as eleições no pais não estejam soltos da Casa Militar do presidente e do MPLA.

O que devemos fazer?

Já que os partidos políticos da oposição entenderam que, só unidos poderemos ganhar e garantir um futuro melhor para o nosso povo, então, devemos fazer o ano de 2014 como o ano da luta política para a libertação dos órgãos de informação massiva do Estado, o ano de libertação da Polícia e de todo tipo de exército armado do povo Angolano para a sua despartidarização total e obrigar o MPLA a cumprir escrupulosamente todos os acordos da paz, a implementação de uma democracia verdadeira e participativa no pais e o cumprimento da lei constitucional da Republica de Angola sem esquecer nenhuma vírgula.

Só assim poderemos alcançar os verdadeiros instrumentos capazes de nos garantir a paz, a liberdade e justiça real no nosso pais e outrossim criarmos as boas condições para termos amanha eleições livres, justas e transparentes no país.

*Representante da UNITA na Holanda